quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Povoamento da ilha de São Jorge

A ilha de S. Jorge, uma das nove ilhas dos Açores de que trata a carta de 2 de junho de 1439, já neste ano estava descoberta; foi quando, por el-rei D. Afonso V deu licença a seu tio para as mandar povoar.
Descobertas as ilhas dos Açores, obteve Jossé Van Huenter, natural de Bruges, mais conhecido na história do arquipélago por Joz Dutra, no ano de 1464, a capitania das ilhas do Faial e Pico, para a qual logo lançar os pilares da colonização.

Este facto, e as circunstâncias do seu pais determinam Guilherme Van der Haangen, também natural de Bruges, mas, cuja família tinha acento em Maestrich, a abandonar a sua pátria e a vir no ano de 1470 com a sua mulher Margarida da Zambuja, casa e familia, em duas barcas carregadas de uma fazenda, e com oficiais de todos os ofícios e suas mulheres e onde foram desembarcar na ilha do Faial.

Ali se deteve algum tempo sem alcançar Jossé Van Huerter que estava isento de acomodações.
Não acomodado no Faial onde desembarcou, e obtida a licença da infanta D. Brites, viúva do infante D. Fernando e tutora de seu filho menor, o duque D. Diogo, foi Guilherme Van der Haagen povoar o Topo, ponta oriental da ilha de S. Jorge.

A história, atribuída a Guilherme Van der Haagen pouco favor da fortuna revestia o seu caracter de qualidade iminente como cavalheiro cristão; e, deixando no esquecimento o ano do seu falecimento, só nos transmitiu que ocorrera em dia de S. Tomé, certamente na 1ª. Década de 1500.
Como bem opina o Sr. J. Duarte, antes dele fazer assento no Topo, outros provadores havia na ilha. A capitania da ilha de S. Jorge foi dada pelo duque D. Diogo, senhor das ilhas da Madeira e Açores, a João Vaz Corte Real, fidalgo de sua casa e capitão D’Angra, por carta feita na vila de Moura, em data de 4 de Maio de 1483.

D. Manuel, por carta de 2 de Abril de 1518, fez mercê a Manuel Corte Real, pelos muitos serviços recebidos de seu pai Vasco Annes Corte Real, e em sua vida, da saboaria preta e branca da ilha Terceira e S. Jorge, pela maneira que o falecido seu irmão Cristóvão Corte real, cuja a doação foi confirmada por D. Sebastião por carta de 15 de Janeiro de1575, em favor de D. Beatriz de Mendonça, filha daquele Manuel Corte Real.

Também, por cartas de D. Filipe, de 3 de dezembro de 1584 e de 16 e 17 de junho de1586, lhe doou e confirmou em D. Cristóvão de Moura, as datas dos ofícios de tabelião do público e judicial e escrivães d’almotaçarias e contadores dos feitos e custas e inquisidores nas ilhas Terceira e S. Jorge.

A ilha de S. Jorge teve cerca de meia dúzia de capitães donatários, tal como:

1º. João Vaz Corte Real.
2º. Vasco Annes Corte Real.
3º. Manuel Corte Real.
4º. Vasco Annes Corte Real.
5º. D. Margarida Corte Real.
6º. D. Manuel de Moura Corte Real.

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