quarta-feira, 20 de maio de 2009

O poder da sugestão

A hipnose pode chegar a quebrar as fronteiras entre normal e paranormal


Em 1784, o marquês de Puységur descobriu que as pessoas «magnetizadas» pareciam dotadas de clarividência e capacidades psíquicas, reagiam a ordens não-verbais e revelavam mais inteligência do que no seu estado normal. Em 1808, o médico francês J. H. Petetin mostrou o poder do «magnetismo». Uma mulher «magnetizada» distinguiu os sabores de vários alimentos através do tacto e informou os amigos de Petetiu do conteúdo dos seus bolsos ou carteiras.

Puységur e Petetin eram seguidores do austríaco Franz (ou Friedrich) Mesmer, segundo o qual os seres humanos podiam ser «magneticamente» influenciados. Mesmer tinha uma sala de curas com música suave e iluminação fraca onde os doentes se sentavam à volta de tinas cheias de água, pedras e limalhas de ferro. Hastes de ferro saíam do topo das tinas, e os doentes colocavam essas hastes nas partes afectadas do corpo. Mesmer utilizava o seu próprio «magnetismo animal» para estimular as curas através da sua presença ou do seu toque com uma haste de ferro, e os pacientes entravam em estados de histeria que pareciam melhorar o seu estado de saúde.

Pesquisa na Grã-Bretanha: Em 1792, o Dr. J. Bell escreveu acerca de um indivíduo que conseguia ler às escuras e afirmava que podia obrigar «sonâmbulos» a obedecerem à sua vontade. Numa demonstração de «magnetismo» em Londres, em 1837, pessoas pobres e doentes foram picadas, beliscadas e queimadas para provar a sua falta de sensibilidade. O Prof. John Elliotson, do University College Hospital, de Londres, publicou um relatório sobre cirurgias em doentes «magnetizados», que quase não sentiram dores. Em 1843, o escocês James Braid identificou um estado psicológico que podia ser induzido fixando uma luz colocada mesmo acima do nível dos olhos. Os sujeitos entravam num estado sugestionável, que Braid considerava uma espécie de sono nervoso e inventou o termo «hipnose», de Hypnos, o deus grego do sono.

A introdução de anestésicos na cirurgia, cerca de 1840, coincidiu com o advento do espiritismo moderno e sobrepôs-se aos aspectos sobrenatural e médico da hipnose. A técnica só ressurgiria quando psicanalistas como Jean-Martin Charcot e Sigmund Freud usaram terapia hipnótica com os seus doentes nos finais do século XIX.

A hipnose é muito mais do que simples trapaça. Embora implique um relaxamento profundo, não é uma forma de sono – mais exactamente, é um estado semelhante ao transe dos médiuns. A maioria das pessoas é sugestionável em maior ou menor grau. Tem sido objecto de debate o facto de os sujeitos poderem ou não ser obrigados a fazer coisas contra a sua vontade consciente e de a hipnose dever ou não ser utilizada como diversão em que os voluntários são levados a realizar acções que, de outra forma, não fariam prontamente.

Hipnose médica: A hipnose ainda é utilizada pela medicina convencional para aliviar dores e stress e em situações em que o acesso a zonas da consciência e da memória está fora do alcance do terapeuta. A sugestão e estímulo hipnóticos são usados como apoio da força de vontade do sujeito – por exemplo, em terapias para vencer fobias ou deixar de fumar.

Nos EUA e em Israel, a regressão hipnótica a acontecimentos passados é usada em investigação criminal, pois pode desencadear a lembrança de um lugar ou da matrícula de um automóvel. Parece não haver notícia de qualquer crime grave cometido em resultado de sugestão pós-hipnótica.

O uso da hipnose em investigação paranormal está mais sujeito a críticas. No tratamento ortodoxo de problemas da memória, há um controlo adequado sobre o que é recordado, mas o uso da regressão hipnótica por amadores sem experiência médica tem levantado problemas. Talvez o uso mais discutível da hipnose seja a «recuperação» da lembrança de raptos por extraterrestres. Muitos indivíduos terão aparentemente recordado experiências desagradáveis com ovnis, estando em poder de seres estranhos. Contudo, quase não há provas físicas que confirmem a veracidade das «lembranças», e existe a preocupação de que um hipnotizador possa levar o sujeito a «recordar» acontecimentos que não ocorreram.

A hipnose tem muitas aplicações de carácter geral, mas é preferível que seja praticada por profissionais e utilizada para reforçar as intenções e a memória do indivíduo, e não para as suplantar.


A experiência de Wiertz

O pintor belga Joseph Wiertz sentia-se fascinado pela morte. Em 1865, concebeu uma experiência para descobrir o que acontece à mente no momento da morte. Wiertz arranjou maneira de se esconder com dois amigos e um hipnotizador por baixo do patíbulo da guilhotina durante a execução de um assassino. Foi então hipnotizado para que se identificasse com a mente do condenado.

Enquanto ouvia os preparativos para a execução, Wiertz começou a sentir uma grande aflição e pediu para ser libertado do seu transe, mas era tarde demais – a lamina caiu. O hipnotizador insistiu para que Wiertz continuasse. Contorcendo-se, disse que a cabeça decapitada continuava a pensar e a sentir, mas sem poder compreender o que acontecera.

Wiertz continuou agitado, mas foi-se acalmando gradualmente e continuou a relatar as impressões do morto. Agora, dizia, a Terra parecia afastar-se. Sentia-se separado dela e uma paz profunda começava a tomar posse do seu ser. Ansiava pelo esquecimento total – «Que belo sono vou dormir! Que alegria!», foram os seus últimos pensamentos, enquanto o médico da prisão se aproximava da cabeça e verificava que já não havia quaisquer sinais de vida.

Poderá o cérebro continuar a funcionar depois da decapitação? Testemunhas da execução de Maria Stuart, em Fevereiro de 1587, juraram que os lábios dela continuram a mover-se em oração ainda durante 15 minutos. Esta lenda terá sido inspirada pela elevada tensão emocional do momento, pois na opinião médica moderna, embora possa persistir uma certa consciência durante alguns segundos, ela não poderia manter-se por as células do cérebro terem sido privadas de oxigénio. Parece que a experiência de Wiertz foi uma fantasia notável criada pela sua própria mente.

Rabdomancia

Um Dom por Explicar

A rabdomancia não serve só para seguir o rasto de assassinos; na verdade, são inúmeras as substâncias encontradas com o auxílio de varas bifurcadas de aveleira, freixo, sorveira-brava ou salgueiro, ou metal, barbas de baleia ou plástico. Alguns rabdomantes conseguem praticar a sua arte com cabides, e pêndulos oscilando sobre mapas podem substituir as varas usadas ao ar livre.

A rabdomancia é praticada desde a Antiguidade na China e no Egipto. Moisés revelou ter poderes divinatórios ao obter água para os Israelitas batendo com a sua vara numa rocha. Os rabdomantes da Cornualha, na Grã-Bretanha, já na época pré-cristã encontravam estanho e chumbo.

Uma das descrições mais antigas que se conhecem de um rabdomante à procura de metais encontra-se num tratado sobre mineração do século XVI, De re metallica (Acerca do Metal), da autoria do alemão Georgius Agricola. Este aspecto perturba particularmente os cientistas. Embora se possa aceitar que um rabdomante reaja a indicações subtis sobre a existência de correntes de água subterrâneas, é dificil entender como funciona esse contacto com substâncias inertes, permitindo mesmo distinguir metais. Contudo, a baronesa de Beausoleil, entusiástica rabdomante francesa, escreveu em 1640 que tinha localizado filões de ouro, prata, cobre, chumbo e ferro.

Parece provável que Jacques Aymar tenha detectado o rasto dos assassinos através de alguma capacidade psíquica, servindo a sua vara apenas como extensão de um poder interior. Agricola afirmava que, como a vara se agita com algumas pessoas e com outras não, o fenómeno deve resultar de uma qualidade pessoal.

Contudo, os rabdomantes tem procurado distanciar-se de qualquer sugestão de técnica paranormal, tentando estabelecer a sua arte sobre uma base científica. No entanto, os seus esforços tem fracassado. Em 1981, Paul Sevigny, presidente da Sociedade Americana de Rabdomantes, foi submetido a uma experiência, mas os resultados não pareceram melhores do que puro acaso. No entanto, ele insistiu que, se tivesse de encontrar água em condições reais, conseguiria fazê-lo.

Não se sabe se os rabdomantes tem um sexto sentido inexplicável ou uma capacidade natural de detectar radiações emitidas por certas substâncias, mas é certo que tem obtido resultados em situações reais, e hoje a rabdomancia é uma profissão respeitável. Além de encontrarem água e metal e de ajudarem a encontrar criminosos, os rabdomantes tem localizado jazidas de petróleo e indicado o lugar de minas e armadilhas escondidas em zonas em guerra.


Vara para achar criminosos

Um comerciante de vinhos e sua mulher foram mortos na sua adega em Lyon, França, às 10 da noite de 5 de Julho de l692. Os assassinos roubaram o dinheiro e fugiram sem serem vistos.

Um vizinho das vítimas lembrou-se de um operário chamado Jacques Aymar, que tinha o dom de seguir o rasto de criminosos com uma vara de detecção. Aymar disse que ia seguir os assassinos a partir do local do crime com a mesma vara, ou baguette, que usava para encontrar água e tesouros escondidos.

Na adega do comerciante, Aymar sentiu-se perturbado. O seu ritmo cardíaco acelerou, e a vara que tinha nas mãos agitou-se quando ele se colocou no local onde os corpos tinham sido deixados. Tendo recebido a «impressão» de que precisava, partiu com dois companheiros, percorrendo a margem do rio Reno até uma estalagem de província, onde a vara o conduziu a uma mesa à volta da qual disse que tinham estado sentados três homens. O estalajadeiro confirmou que três viajantes tinham de facto bebido da garrafa indicada por Aymar. O vedor, ou rabdomante, apontou então outras pousadas onde os vilões tinham dormido e tomado as suas refeições.

O rasto acabou por levar Aymar à prisão de Beaucaire, onde um corcunda de 19 anos tinha acabado de ser preso por roubo. O jovem negou ter alguma vez estado em Lyon, mas, ao ser levado até lá, ia sendo reconhecido nos pontos onde parara pelo caminho como tendo estado aí com mais dois homens. Finalmente, admitiu que esses dois o tinham contratado como criado. Em Lyon, o homem continuava a negar a sua participação nas mortes.

Aymar seguiu os delinquentes por mar e por terra até ao porto de Toulon. Navegando para leste ao longo da costa, encontrou os portos onde os assassinos tinham aportado, mas a perseguição teve de terminar, pois os fugitivos haviam chegado a Génova, em Itália, que estava fora da jurisdição francesa.

O corcunda foi condenado à morte. A caminho do cadafalso, pediu perdão às vítimas e admitiu que o assalto tinha sido ideia sua.

Lobisomens

A crença de que alguns seres humanos se transformavam em lobisomens é tão antiga como o medo de tudo o que é selvagem


Além de ser um solitário, Gilles Garnier era também um assassino de massas que devorava crianças quando estas se perdiam. Testemunhas de alguns dos seus crimes atrozes diziam que ele por vezes assumia a forma de lobo. Depois de capturado, Garnier confessou que de facto se transformara em lobo e, como tal, matara e comera crianças. Foi acusado dos crimes abomináveis de licantropia e bruxaria e condenado à fogueira em Dôle, no Leste de França, a 18 de Janeiro de 1573.

Habitualmente, só lobos esfomeados ou raivosos atacam pessoas, e no século XVI supunha-se que estes eram lobisomens. Garnier provinha de uma região infestada de lobos onde quatro pessoas foram a julgamento como lobisomens entre 1520 e 1575. Noutras regiões da Europa, tais julgamentos eram menos vulgares, embora muito mais acusações dessas tenham sido feitas. Um lobisomem afamado era oriundo da região de Colónia, Alemanha. Peter Stubbe foi condenado por ter assassinado e comido 13 crianças (incluindo o próprio filho) e 2 mulheres grávidas. Gabava-se de o Demónio lhe ter dado um cinto mágico que ele usava para assumir o aspecto de lobo devorador. Stubbe foi desmembrado na roda, decapitado e queimado em 28 de Outubro de 1589.

Alteração da forma: Durante a loucura antibruxas dos séculos XVI e XVII, dizia-se que as bruxas se dirigiam para as suas celebrações rituais montadas em lobos e que os bruxos assumiam a forma de lobos quando atacavam pessoas e animais. Se um lobisomem fosse ferido, o corpo continuaria a exibir a ferida depois de voltar à forma humana. Uma história de 1588 da região de Auvergne, França, fala de um caçador que cortou a pata de um lobo e a colocou dentro da sua sacola. Quando a mostrou a um nobre local, ficou espantado ao descobrir que a pata se transformara numa mão que ostentava um anel de ouro. O nobre, horrorizado, reconheceu o anel e precipitou-se para a cozinha, onde foi encontrar a sua mulher a tratar do braço ferido. Foi rapidamente queimada como bruxa. Em muitos julgamentos de lobisomens, como no caso de Garnier, o réu era julgado como sendo realmente capaz de mudar de forma, sendo por isso condenado a uma morte dolorosa. Contudo, desde épocas remotas que a licantropia – crença de que a pessoa está a transformar-se em lobo – também tem sido reconhecida como doença mental. As pessoas por ela atingida uivam, frequentam cemitérios e sentem grandes desejos de carne humana.

Em 1603, um pastor de 14 anos, Jean Grenier, foi julgado em Bordéus, França, por atacar e comer crianças. No tribunal, o rapaz afirmou que o senhor da floresta lhe tinha dado uma pele de lobo e um unguento graças ao qual podia transformar-se em lobo. Admitiu ter comido um cão, um bebé e duas meninas: Contudo, um interrogatório mais detalhado durante o seu julgamento levou à conclusão de que Grenier tinha o costume de inventar todo o tipo de histórias extravagantes. Depois de ter consultado especialistas rnédicos, o juiz chamou a atenção para o facto de Grenier ser claramente um atrasado mental e considerou-o louco. Em vez de ser queimado vivo, o rapaz foi encarcerado num mosteiro, onde viria a morrer com 20 anos.

Alcateia de lobisomens: Se, na sua maioria, os lobisomens condenados parecem ter sido assassinos em série, existem também alguns com uma actuação benéfica. Em 1692, Thiess, um camponês de 80 anos; disse aos juízes de Jurgensburgo, Livónia (nessa época província da Rússia), que era esse o seu destino, anunciado aquando do seu nascimento: três vezes por ano, transformar-se-ia em lobo para lutar pelo seu povo. Nas noites de Santa Luzia, S. João e Pentecostes, Thiess afirmava que se associava a outros lobisomens da Livónia numa viagem até ao inferno para lutar contra os demónios e feiticeiros e defender a colheita do ano seguinte.

Os lobos estavam tradicionalmente ligados ao reino dos mortos, pelo que os lobisomens estariam mais activos durante as 12 noites a seguir ao Natal, quando os mortos deambulavam pela Terra. Nas sociedades de caçadores-recolectores, a capacidade de tomar a forma de um animal era uma das fontes do poder dos xamâs. A crença de que algumas pessoas se conseguem transformar em animais selvagens parece ser quase universal. Nas regiões onde não existem lobos, outros animais preenchem esse papel. Na América do Sul, são as onças; em África, os leopardos; no Japão, as raposas e os texugos.


O lobisomens não são nem humanos nem lobos, e sim uma raça única de criaturas. Na sua forma humana eles são tão parecidos com humanos que podemos descrevê-los usando as mesmas regras e características que descrevem os humanos. Apenas quando eles se transformam são acrescentadas novas características, como a velocidade alucinante, as guarras e presas ameaçadoras, a força e tenacidade incríveis que adquirem quando enfurecidos.

Na verdade, eles são Garou – forasteiros, metamorfos, lobisomens e os últimos protectores da Terra agonizante contra uma força terrível que fica mais forte durante a noite.


Características dos Lobisomens:

- Formas Múltiplas: Um lobisomem é capaz de assumir forma humana e lupina, assim como três outras formas intermediárias. Uma dessas formas é o Crinos, o temido "homem-lobo" formado pela metade, que é a encarnação da Fúria. As outras duas assemelham-se às formas humana e lupina, respectivamente, mas são maiores e mais selvagens.

- Imunidade a Ferimentos: Um Garou não é realmente imune a ferimentos, mas é capaz de regenerar ferimentos com uma velocidade impressionante. Apenas se um lobisomem receber ferimentos fatais aos humanos normais. Contudo, os ferimentos causados por armas de prata, por fogo e pelas garras e presas de outro da sua espécie (ou outras feras sobrenaturais) não podem ser regenerados dessa forma.

- Dons: Os Garou são aptos a falar com espíritos e podem usá-los para transformar o mundo. Os diversos Dons que possuem são os efeitos tangíveis desses poderes místicos.

- Percepção: Os Garou possuem poderes de percepção elevados a níveis altíssimos. Eles são simplesmente capazes de sentir cheiros e ouvir melhor os sons, especialmente enquanto na forma lupina.

- O Delírio: Os Garou na forma Crinos desenvolvem um terror cego e instintivo nos humanos que os vêem. A dependência dos humanos pela racionalidade é tão absoluta que não podem aceitar a verdade da existência dos lobisomens; eles acreditarão em qualquer racionalização conveniente para não admitir a existência de lobisomens. E bem mais simples esquecer o que foi visto. O resultado final dessa reacção, conhecida como o Véu, é o principal motivo pelo qual os Garou costumam ser considerados criaturas lendárias.

- Frenesim: Os lobisomens são criaturas extremamente emocionais que podem ser tomadas pelas suas emoções, especialmente a emoção de raiva. Eles podem ser levados a um frenesim, uma fúria enlouquecida. A quantidade de Fúria Contida (frustração) de um Garou é um factor importante nesta ocorrência. Durante um frenesim, o Garou muda instintivamente para a sua forma Crinos, e esquece tudo sobre seu lado humano, a dominação do lobo é absoluta.

Estas são algumas das opiniões das partes mais influentes da sociedade

Ponto de vista mitológico

- Lobisomens são aquelas pessoas que ao serem banhadas pela luz da lua cheia, assumen uma forma meia humana meia lobo, e saem pelas ruas à procura de carne fresca para devorar. Qualquer pessoa atacada por um lobisomen transforma-se num, e, só poderá voltar ao normal se o lobisomen que o mordeu for morto. Para se matar um lobisomen é necessário que a pessoa use qualquer instrumento feito de prata, após a morte acredita-se que o lobisomen se transforma num vampiro.
Ponto de vista católico

- Os culpados pela terrivel fama dos lobisomens são praticamente a igreja e seus seguidores. Por meio das inquisições, torturas e escrituras, a igreja tem-nos forçado a acreditar que o Lobisomen é um ser demoníaco. Mas uma coisa que a igreja esconde sobre os lobisomens. No mapa-mundi medieval, eram os "cantos" do mundo os lugares habitados pelas raças monstruosas. Essas raças eram ecléticas nas suas aparências e algumas raças eram até parecidas com os humanos. Entre esses seres podemos citar os Gigantes, os Pigmeus, os Panotiis (seres com orelhas gigantes), os Astomis (seres que não possuiam boca), os Antropofagistas, as Amazonas, etc. Mas os mais importantes dos seres eram os Cynocephalios.
Os Cynocephalios, ou cabeças-de-cão, era uma das mais conhecidas raças de monstros. Possuiam corpo de humano e cabeça de um cão. De acordo com pesquisadores, estes seres viviam nas montanhas da India e latiam para se comunicarem. Viviam em cavernas e vestiam-se com peles de animais, eram excelentes caçadores, e as suas principais armas eram o arco, a lança e as espadas. No livro dos apóstolos, podemos encontrar citações onde dois apóstolos encontram um gigante canibal chamado Abominável. " - quatro cúbitos de altura, e a sua face se assemelhava à de um grande cão, os seus olhos eram como faiscas brilhantes de fogo, os seus dentes eram como as presas de um javali selvagem, ou os dentes de um leão, as suas unhas das mão eram afiadas e tinham a forma de um gancho, as unhas dos seus pés eram como às das garras de um leão, e o cabelo da sua cabeça escorria pelos seus braços como a juba de um leão, e a sua aparência era horrivel e atemorizante." Mas por sorte, Abominavel teria dito uma visão minutos antes do encontro com os apóstolos, onde a visão lhe prometia dar forma humana se este aceitasse os ensinamentos dos apóstolos. Ele assim o fez e tornou-se o guia dos apóstolos pelas terras pagãs.
No entanto o facto de lobisomens serem usados como escravos pela igreja não é o facto tão ocultado pela igreja. O que a igreja tenta ocultar é simplesmente o nome Cristovão. São Cristovão é o padroeiro dos viajantes e dos aventureiros marítmos. O que a igreja tanto oculta é que São Cristovão era um Cynocephalio, cabeça-de-cão, um Lobisomen. A história de Cristovão é similar à história de Abominável. Cristovão nasceu cabeça-de-cão, e o seu nome era Reprobus. Ele regrediu a sua bestialidade e converteu-se ao Cristianismo, como recompensa pelos seus actos, Deus o concedeu uma forma humana. Existe um quadro em que Cristovão é pintado segurando nos seus braços o menino Jesus, acredita-se que seja por isso que ele foi chamado de Cristovão, que em grego signifa carregador do Cristo.

Do ponto de vista científico

- Os verdadeiros lobisomens, tem na verdade, pouca coisa em comum com o mito que todos nós conhecemos tão bem. Os lobisomens (Theriantropos de espírito) são indivíduos que sentem uma profunda ligação com um ou mais animais, ou veêm aspectos animais manifestados nos seus carácteres e personalidades. Muito Theriantropos acrediatm que o espírito animal, é um aspecto integral da sua existência. Outros vêem o seu aspecto animal como uma balança para as suas vidas humanas, ensinando os seus lugares no mundo natural. Poucos são os indivíduos que afirmam ser Theriantropos físicos, seres que possuem a habilidade de sofrer mudanças físicas, mas ainda não foi encontrado provas que comprove isso.

A herança de Drácula

Morrem, mas voltam à vida – os vampiros são lendas da História e do cinema

Em 1732, Johannes Flückinger, um oficial médico do Exército, dirigiu-se à aldeia de Medvegia, na antiga República da Jugoslávia, para investigar casos de mortes supostamente provocadas por vampiros. Os aldeãos falaram-lhe de Arnod Paole, que cerca de cinco anos antes caíra de uma carruagem e morrera. Paole dizia que andava a ser importunado por um vampiro e tinha-se untado com o sangue dele e comido terra da sua sepultura a fim de se libertar.

Depois do enterro, as pessoas começaram a queixar-se de que Paole as perseguia e quatro morreram. Quarenta dias após a sua morte, os aldeãos desenterraram o cadáver de Paole e encontraram sangue fresco a correr dos olhos, nariz, boca e orelhas. A pele e as unhas tinham caído, mas estavam a crescer. Flückinger conta que, como os aldeãos «viram que Paole era um verdadeiro vampiro, trespassaram-lhe o coração com uma estaca, segundo o costume; então, ele deu um grunhido e sangrou copiosamente». Fizeram o mesmo aos outros quatro cadáveres, que, tendo sido mortos por um vampiro, também eram agora vampiros. Depois, queimaram os corpos. Os aldeãos garantiram a Flückinger que até as pessoas que comiam a carne de gado atacado por vampiros se transformavam nestes. Quando Flückinger abriu os túmulos de 17 pessoas que tinham morrido nos três meses anteriores, encontrou cadáveres com marcas como a de Paole. Teria Flückinger encontrada vampiros? Na sua maiora, aquelas marcas em cadáveres podem ser explicadas como resultado de processos naturais. Esses efeitos notam-se mais quando as sepulturas são pouco profundas.

Segundo o folclore, o vampiro, um cadáver vivo, bebe sangue para escoar a vitalidade dos vivos e espalhar infecções e para ter forças. Para afastar os vampiros, as pessoas utilizavam alho. Dizia-se que o seu cheiro dissipava o odor dos cadáveres, evitando que estes espalhassem doenças.

Candidatos a vampiro: Os verdadeiros vampiros são oriundos da Europa Oriental – vampir na língua magiar da Hungria, nosferatu em romeno. Diz-se que podem ser destruídos enterrando-os em encruzilhadas, trespassando-lhes o coração com uma estaca, decapitando-os ou queimando-os. Tal como outras criaturas maléficas, crê-se que podem ser mortos com uma bala de prata e expulsos com um crucifixo. Julga-se que os pecadores, suicidas, feitiçeiros e alcoólicos têm maiores probabilidades de se transformarem em vampiros, mas também as crianças nascidas com dentes, as vítimas de assassínios cuja morte não tenha sido vingada e os cadáveres que não tenham recebido sepultura cristã.

O erotismo está há muito ligado às histórias de vampiros. Há contos dos Balcãs sobre vampiros casados que saem do túmulo para assediar as mulheres e os maridos aterrorizados. Os vampiros solteiros visitam jovens inocentes do sexo oposto. Em finais do século XVIII, este elemento erótico era uma das razões da aparição dos vampiros nos romances e poemas de horror dos poetas românticos Para se adaptarem ao seu novo papel, os vampiros passaram de camponeses a aristocratas.

Nasce o Drácula: No best-seller anónimo de l847, Varney, o Vampiro, ou o Festim de Sangue, Sir Francis Vaney tinha olhos como metal, garras, dentes afiados e um fraco por mulheres. O romance Carmilla, de Sheridan Le Fanu, publicado em 1870, apresentava uma bela e jovem vampira lésbica, finalmente desmascarada como uma condessa que se supunha ter morrido havia muito. Carmilla inspirou Bram Stoker a começar as suas pesquisas para a criação do seu famoso herói-vampiro Drácula, cuja história foi publicada em 1897. Sendo um produto em parte do folclore, em parte da História e em parte da fantasia, o sombrio conde da Transilvânia criado por Stoker baseou-se vagamente em Vlad V de Wallachia (actualmente parte da Roménia). Durante os seis anos de seu governo, 1456-1462, Vlad conguistou a alcunha de o Empalador por ter, supostamente, empalado dezenas de milhares de pessoas. As suas vítimas incluiam cativos das suas guerras contra os Turcos. Também era conhecido por Draculaea, termo romeno que significa «filho do Demónio», de onde o nome de «Drácula».

Com as seus longos dentes caninos e olhos hipnóticos, Drácula tem aparecido desde então em numerosas peças e filmes. Sempre elegante e assediador sexual, tal como retratado por Christopher Lee, entre outros, transformou-se no modelo do vampiro moderno.

O Vampirismo e a Igreja Católica


Há muito tempo atrás, a Igreja Cristã começou a abrir as asas através da Europa, e os vampiros estavam estabelecidos como mitos. Os vampiros eram criaturas que faziam parte superstição humana desda Grécia Antiga.
As raízes dos Vampiros eram naturalmente Pagãs, e a fé estava espalhada pela Europa. A relação estava formada entre os Vampiros e o Deus Ebreu, está formado o livro de história irónicas.

Ironia n°1 - O que eles procuram destruir, eles dão vida.

A Igreja Cristã não tinha estabelecido uma estância para os Vampiros quando ela se separou em 1054. Contudo, a fé das igrejas Catolicas resultaram - na Igreja Católica Romana no oeste europeu e a Igreja Ordotoxa no leste - que podem ser directamente ligadas ao mito vampírico que continuava a penetrar no leste europeu. Os Católicos Romanos acreditavam que os corpos dos seus santos não se deteriorariam nas sepulturas; instantaneamente, eles pernameceriam intactos e exalariam um doce odor. Contudo, a Igreja Ordotoxa achou mais difícil, inicialmente porque isso abalaria as raízes Pagãs, e ela via um cadáver que não tinha se deteriorado como um sinal do mau. Por descuidos, ambas as igrejas não tinham formado uma estância para os Vampiros, e colocaram-nos como parte da fé Pagã, que era naturalmente antiquada e anti-cristã.

O Paganismo, estava longe de ser uma religião organizada, era um pouco mais que uma colecção de conhecimentos populares e mitologias disorganizadas; Ele era possuído por camponeses activos que não tinham uma educação formal e por outros dos quais não passam de superstição. Com o passar do tempo, a Igreja Católica Romana cresceu preocupada com a estabilização da mitologia Pagã que poderia conquistar a fé dos novos católicos, na qual a Igreja estava usuando para tentar expandir-se.
Como o esperado, ela começou uma investigação sobre a mitologia vampírica. A igreja, com a intenção de fazer a fé Pagã se espalhar, assim fazendo o fim do Paganismo (que era chamado de witchcraft), e o vampirismo começou a ser ligado com Satanás. E eles fizeram um decreto, do qual falava que corpos reanimados eram como diabos a mando de Satanás.
Como resultado, esse vampiros fugiriam de coisas divinas, como: crucifíxos, água-benta e da ostia.

A grande ironia desse período foi como a Igreja fez para acabar com as mitologias Pagãs, mas foi o próprio decreto deles que consedeu uma validade histórica para os Vampiros. Então os Vampiros influenciaram os filmes e novelas um pouco antes do século 20, que ainda mostravam os Vampiros como criaturas satãnicas, feitas e desamparadas quando confrontavam contra coisas do verdadeiro Deus Ebreu.


Ironia n° 2 - essa coisa má, melhor representada por homens santos e os seus trabalhos.

Com o andar do tempo, numerosas reportagens e tratamentos foram emitidos pela Igreja Católica. Elas foram feitas por volta de 1600 - 1800 D.C. que foi trabalho de bispos, sacerdotes, monges, etc. Os Vampiros continuaram espalhando-se através da Europa, que estava cheia de caçadores de bruxas e Vampiros, missas de exumações e vários corpos que eram queimados ou incravando estacas nos seus corações como tentativa de livrar as suas vilas de Vampiros. E isso tornou-se uma área de constantes estudos feitos pela Igreja.

The Malleus Maleficarim, publicado pela Igreja em 1486, foi o guia para os descobridores e irradicadores de bruxas. E ele também falava do vampirismo e sua ligação com Satanás, que fazia parte das criaturas maléficas.
Em meados de 1600, esse tratado começou a ser usado como "Bíblia" dos caçadores de bruxas e Vampiros que cruzavam a Europa. O tratado também incluia um pouco da visão vampírica.
Dom Augustin Calmet (1672-1757) foi um monge da ordem de Benedito. O seu trabalho, Treatise on The Appearance of Spirits and on Vampires (Tratado de Aparência de Espíritos e Vampiros), tentou separar os Vampiros da ligação com as forças satãnicas e demoníacas. Eles descreveram que os Vampiros eram simplesmente corpos mortos dos quais ressucitaram, e os proclamaram superstição. Por causa disso ele estava sobre pressão de radicais, que o fizeram retirar as suas declarações. O seu trabalho ainda estava em circulação numa Era quando a história estava com muitos caçadores de bruxas e Vampiros, a Idade Média.

Depois da histeria da praga-inigmática na Idade Média que tinha morrido, importantes pesquisas foram conclusivas para dentro da mitologia vampírica. Provavelmente o melhor crónico de historias vampíricas em Eras passadas foi o lendário Montague Summers. Ele foi decretado bispo da Igreja Anglicana em 1908, mas depois ele deixou a Igreja Anglicana em favor da Igreja Católica Romana. Ele conduziu numerosos estudos para dentro das coisas sobrenaturais. As suas duas melhores obras conhecidas e publicadas foram, The Vampire: His Kith and Kin e The Vampire in Europe são temas de pesquisas sobre vampiros.


Ironia n° 3 - O que eles procuravam destruir, eles deram força; a Besta habita neles hoje, o Vampiro está vivo, não mais do que qualquer tempo no passado.

Góticos vestidos de preto que andam nas ruas e bares, leitores e videomaníacos ficaram emocionados com a pesença de uma Besta com caninos "sobrenaturais". A Besta que os habitam, virá à tona por muitos e muitos anos. Os nomes dessas pesquisas Cristãs são dedicadas a fans de Vampiros como Dracula, Lestat, e outros.

A Lenda dos Vampiros
O INICIO DA SAGA...

As histórias acerca dos mortos-vivos datam desde as civilizações da Assíria e Babilónia. Registam-se casos de vampirismo na China, bem como em regiões do norte da África. Na Grécia, assim como por todo mar Egeu, encontram-se lendas que falam de espectros, cujos cadáveres não podendo corromper-se no túmulo, voltam para o mundo dos mortais, passando a alimentar-se do sangue dos vivos. Estas criaturas são os Broncolaques, ou Vroncolaques.

O termo Vampiro é, segundo alguns estudiosos, relativamente novo, surgindo por volta do século XVIII. A sua origem parece ser Eslava. Na sua forma vampir, é invariável nos idiomas húngaro, russo, checo, sérvio e búlgaro. São estes povos, os eslavos e balcânicos, que manifestam o maior número de lendas, sobre este terrível flagelo. Afirma-se que, desde o século X, circulam histórias de mortos vivos nesta região.

Seres deste tipo seriam encontrados na Turquia e países Árabes, sendo conhecidos como Gloles, na Europa são conhecidos como Vampiros.


A TERRA DOS VAMPIROS

A Europa Oriental é uma região misteriosa e complexa, tanto política como geograficamente. O termo Europa Oriental é recente e definia-se basicamente por um critério político, na medida em que abrangia os países do chamado "Socialismo Real" (Alemanha Oriental, Checoslováquia, Hungria, Roménia, Bulgária, Juguslávia, Albânia e a parte européia da URSS), mais a Grécia e parte da Turquia.

Actualmente verifica-se várias mudanças nesta parte do planeta: a Alemanha Oriental não existe mais. A Checoslováquia dividiu-se em duas. A Juguslávia dividiu-se em vários países e vive uma Guerra Civil. Com o fim da URSS, vários países também surgiram (Estónia, Letónia, Lituania, Bielo-Rússia e Ucrânia.)

MAPA EUROPA:

Principais regiões vampirescas da Europa Oriental:

Transilvânia: é a mais famosa região de vampirismo que se conhece. Pertencente à Roménia desde 1918, fez parte do antigo Império Austro-Húngaro.

Valáquia: outra região da Roménia. Antigo principado no sudoeste da Europa, criado no século XVIII. Esteve sob domínio turco de 1460 a 1859, ano em que unificou-se com a Moldávia para formar a Roménia. Faz fronteira com a Transilvânia.

Ruténia: Também conhecida com Ucrânia subcarpática. Antiga região da Checoslováquia. Foi tomada pela Hungria em 1939. Em 1945, foi cedida a ex- URSS.

Eslováquia: Região da Checoslováquia de 1918 até 1952, quando declarou-se independente.

Morávia: Antiga província da Checoslováquia: Sua capital é Brno. Forma hoje com a Boémia a República Checa.

Boémia: Histórica região da Checoslováquia.

FICÇÃO?
Vampiros, apenas ficções vulgares de um Irlandês demente?

Quando uma pessoa resolve falar de Vampiros, não importa o quê, Vampiro: A máscara, quantas pessoas morreram queimadas, etc... Sempre tem alguém para perguntar: Os Vampiros existem?

E quase ninguém responde, todos dão a sua opinião, até porque, conseguir algum fundamento histórico para provar que eles existem, existiram, podem existir ou não, é muito difícil, mas foi levantado alguns factos:

Para começar temos que achar uma explicação para como surgiu o primeiro Vampiro (o que não é fácil, mas se pensarmos bem, quantas vezes nós já não vimos "aberrações", sem querer ofender alguns, porque essa é a palavra mais adequada, em programas de TV, como o caso das gêmeas siameses, que "dividem" uma parte do corpo.

Como os cientistas acreditam, todos estão sujeitos a mutações, que ocorrem por acaso, não importando no que ela influêncie, se ela trás um bem ou não. O que nos importa é a possibilidade de alguém sofrer, ter sofrido ou sofrerá uma mutação que possa dar a dependência de sangue ao invés da dependência de alimento. Considerando isso, nós podemos concluir que essa "aberração" seria estéril e não sentiria atracção sexual por qualquer ser existente na Terra, porque ele seria o único.

Mas essa é a parte mais fácil da Teoria da Existencia de Vampiros, a parte mais difícil é a de como explicar efeitos da Luz do Sol na pele dos Vampiros ou razões para os mesmos odiarem alho e cruzes. Vamos começar pela a necessidade de "chupar" sangue:

Pelo ponto de vista de especialistas, essa necessidade é para obter nutrientes e tudo o que necessário para um ser vivo sobreviver, que no final é carregado pelo sangue, e se o Vampiro utiliza-se disso para se alimentar, já excluiria a necessidade dele ter um intestino e outros órgãos que nós utilizamos para digerir algum alimento, pois já que quem digere é a vítima do Vampiro.

Mesmo com tudo isso, só conseguiremos saber partes da história, faltando explicações claras para factos como: Criar outro Vampiro, a acção da Luz do Sol, a necessidade de dormir num Caixão, etc...

Através da leitura de alguns livros, os autores diferem na maioria desses tópicos não explicados, como:

Na obra adaptada de Drácula de Bram Stoker, Dracula Bram Stoker da editora Heinemann, o autor fala que para criar um outro Vampiro basta apenas abraçá-lo, sem chupar o sangue do humano. Mas como nós sabemos (ou achamos) na verdade é necessário dar um pouco do sangue do Vampiro para a sua vítima. Sem contar que, tanto nessa adaptação quanto no Dracula original, não é mencionado o fogo como uma das formas de matar um Vampiro.

Outra diferença é que Anne Rice em Entrevista com o Vampiro, Crónicas Vampirescas e Os Meninos Perdidos são desconsiderados os poderes do Alho, que antigamente era muito poderoso, mas hoje é descartado.

Por isso podemos concluir que grande parte desse factores são apenas "ficções vulgares de um irlandês demente". E torna possível o mito do Conde Drácula ser verdade, porque uma "aberração" iria esconder-se por causa da sua diferença e isolar-se num lugar sombrio como o seu castelo na Transilvânia, afinal: "A arte é uma mentira que revela a verdade", como disse Pablo Picasso.


Caçadores de Vampiros

Com o passar dos tempos, certos objetos ganharam uma reputação na mesma proporção que a cultura popular procurava algo para ferir ou matar os Vampiros. Este guia leva você através de significados históricos e os raciocínios entre as maneiras de caçar Vampiros.

Caixões

No começo da mitologia Vampírica, os Vampiros não dormiam em caixões. Apartir do século XIX, apenas os Vampíros muito ricos poderiam se dar ao luxo de ter caixões, e muitas das histórias de Vampiros não incluiam esse enterro "seguro". Realmente foi a natureza precária medieval dos enterros que provocou medo dos Vampiros, os quais poderiam sair facilmente dos seus últimos descanços na Terra.

Saltando para o tempo de Drácula, os Vampiros não exigiam caixões para dormir. Todos exigiam descançar na sua "pátria", na tumba onde foi colocado o seu caixão. Quando Drácula foi para Inglaterra, ele comprou um caixão, e colocou-o em sua "terra natal", e nele descançava e recuperava a sua força.

Hoje em dia, a melhor explicação para o frequente uso dos caixões para os Vampiros descançarem nas histórias, é que de facto eles estão mortos e, como sabemos, ainda enterramos os nossos mortos em caixões. Eles também dão protecção contra a luz do sol (que nos tempos modernos fere e mata os Vampiros). Como sempre, os caixões tem sido um alvo perfeito para caçadores de Vampiros - um aspecto vital para as histórias clássicas.

Ainda nesse século, muitos escritores sobre Vampiros mudaram os antigos mitos. Em Crónicas Vampirescas, de Anne Rice, assim como todos os romances dessa década, os Vampiros não requerem nada, apenas protecção contra o sol. Criptas lacradas são o suficiente para o que eles precisam.

Crucifixos

O crucifixo é o maior simbolo da fé cristã. Várias vezes mostrados em correntes, colares ou em rosários, os crucifixos têm o corpo de Cristo fixado na cruz. Embora o Cristianismo tinha ligado os Vampiros com o Satanismo no começo do século XVI, somente depois de Drácula de Bram Stoker o crucifixo foi considerado poderoso contra os Vampiros.

Bram Stoker marcou que o crucifixo tinha poderes sobrenaturais sobre esses Chupadores de sangue. Ele usava a cruz como símbolo que representava Cristo e tudo que era santo. Porque a história Cristã pensava encorajadamente na associação de Vampiros com Satanás, e um simbolo como o crucifixo seria o poder Cristão, que os protegeriam da Besta.

No Drácula, o crucifixo drenava a força dos Vampiros. E poderia também até queimar a carne e a pele dos mesmos, ou ainda, deixar uma marca no corpo de qualquer um que tenha sido mordido por um Vampiro. As ideias de Bram Stoker foram carregadas para a literatura e filmes modernos, embora geralmente os crucifixos foram substituidos por cruz vazias, sem o corpo de Cristo fixado. Mas recentemente, os autores do século XX, começaram também a acabar com essas tradições, como fez Anne Rice, criando Vampiros que são imunes aos efeitos da cruz e de outros símbolos religiosos. Esse foi o verdadeiro mundo no qual os Vampiros não mais seriam associados com Satanás e, consequentemente, não seriam mais afectados por artefactos que encorporem o poder Cristão.

Hóstia

No Cristianismo, um dos objectos mais sagrados é a Hóstia. A hóstia é o símbolo do corpo de Cristo e, junto com o vinho, representa o sangue de Cristo, que são dados durante a Comunhão. As religiões mais antigas, como a Católica Romana, consideram a Hóstia um objecto como a existência mística autorizada pelo espírito de Cristo.

Por aparentar ter poderes místicos, a hóstia foi usada propositadamente contra os Vampiros e até aparecia acidentalmente em outras lendas. Era usada tanto em enterros (quando o falecido tinha uma vida má) quanto para se proteger de maus espíritos. Muitos papéis de histórias religiosas citam esses outros usos para a Hóstia.

Acredita-se que Bram Stoker usava esses papéis como uma base para o poder da Hóstia no seu livro, Drácula. No livro, Abraham Van Helsing usava a Hóstia muitas vezes; ela deixou uma marca na pele de Mina quando segurava a sua testa, e Van Helsing usou-a também para lacrar a tumba de Lucy, até que ele podesse retornar para matá-la.

Desde Drácula, a Hóstia tem sido usada apenas por aqueles que desejavam proteger-se dos Vampiros. Ela pode ser fácilmente substituida pela cruz, na qual foi colocada uma das principais qualidades da Hóstia: Queimar a pele dos Vampiros.

Fogo

O fogo tem sido considerado à muito tempo, a maneira mais efectiva para matar Vampiros. Usado desde a época Pagã como um ritual, tem a propriedade de purificação da alma má e de defesa. Muitos Vampiros teriam conhecido o destino mortal por esse modo.

Embora Drácula não tem nenhuma mensão ao fogo, existem diversos outros filmes ou livros que falam do mesmo como uma maneira de se matar um Vampiro.

No livro Cronicas Vampirescas de Anne Rice, o fogo é uma das duas única maneira de se matar um sugador de sangue, ou mesmo se matar. O Vampiro que abraçou Lestat cometeu suicídio dessa forma, após Lestat se tornar um Vampiro.

Alho

Diferente da cruz, da qual foi perdendo a populariedade e os seus efeitos, o alho cresceu no contexto de detectar e proteger as pessoas dos Vampiros. O alho tem sido usado acidentalmente desde que era considerado uma erva e/ou um remédio. Ele foi usado como um agente de cura antes da medicina moderna, e é, ainda hoje, igualmente usado como vitamina para fortalecer a defesa natural do corpo contra doenças.

Houve rumores que o alho tivesse propriedades mágicas de defender as pessoas contra os Vampiros. A tradição usa-o para encher a boca do mesmo após ele ser decapitado. Outras maneiras de usar são: colocando um colar de alho na porta da casa ou no pescoço de quem quer afastar um Vampiro.

Através da história, o alho também serviu como método para se indentificar esses Sugadores das trevas. Nos países Eslavos, a pessoa que se recusava a comer alho, significava que essa pessoa poderia ser um(a) Vampiro(a). Por esssa razão o alho chegou a ser distribuido em igrejas, para se assegurarem de que apenas humanos a frequentasse.

A primeira obra literária a falar realmente sobre o alho foi Drácula, aonde Van Helsing o colocou em volta do pescoço de Lucy para manter Drácula e outros perigos longe dela. Desde então, o alho tem se tornado a maior ferramenta no kit dos Caçadores de Vampiros. A maior parte dos filmes e novelas tem dado algumas referências efectivas ao alho, embora Crónicas Vampirescas e Os meninos Perdidos de Anne Rice tem desconciderado o alho como uma forma viável de defesa.

Estacas

Espetar uma estaca no coração de um Vampiro tem sido uma das melhores formas de matar Vampiros por centenas de anos. Originalmente, ela era usada como maneira de fixar os corpos dentro da terra. Antes dos caixões, a única maneira que as pessoas podiam ter certeza de que os Vampiros não escapariam dos locais enterrados, era espetando uma estaca nos seus corações e enterrando-os com ela. Mas antes ainda de espetarem as estacas nos corações, elas eram enfiadas no estômago ou nas costas dos Vampiros.

Depois de ter sido difundido o uso dos caixões, a importância da estaca mudou. Ela tornou-se o método actual de matar um Vampiro, e agora ela só funciona se for enfiada no seu coração. Há dois pontos de vista comuns sobre como esse método funciona:

-Destruindo o coração, no qual bombeia o sangue das suas vítimas que lhe dá vida.

-A estaca de madeira por si própria mata o Vampiro.

Para aqueles que acreditam que a peça principal para se matar um Vampiro é a madeira na qual é feita a estaca, aqui vão os tipos recomendados: Mogno, Cerejeira e Jatobá. Bram Stoker usou esse modo violento para matar tanto Lucy como Dracula.

Luz do Sol

Tradicionalmente, não se pensou que a luz do sol matasse os Vampiros. Nos tempos mediavais os Sugadores pensavam que eram capazes de andar na luz do sol como se fossem humanos durante o dia. Como a literatura vampírica aumentou, então fizeram Vampiros contra a luz do sol.

No Drácula, Van Helsing nota que o Vampiro pode andar por aí durante o dia, embora ele não estava com as suas forças sobrenaturais. De qualquer modo os filmes e as novelas modernas falam que os Vampiros tem uma vulnerabiliadade ao sol, e talvez até mortal. Em Eternamente Cavaleiro, Nick pode expor-se à luz do sol, mas apenas se ela não tocar na sua pele. Porque se ela o tocar, teria várias doenças.

Em Crónicas Vampirescas de Anne Rice, a luz do sol é uma das duas maneiras de matar um Vampiro, sendo a outra o fogo. Esse método funciona bem com novos Vampiros, porque eles ainda estão fracos. De modo que os Vampiros de Anne Rice só eram imumes à luz do sol porque tinham vivido muito tempo, anos suficientes para crescerem e ficarem fortes contra esse mal.

Das teorias de origem, a mais difundida é bastante interessante porque tem bases completamente religiosas.

Ela diz que Caim, ao matar o seu irmão Abel, fora amaldiçoado por Deus, e condenado a caminhar eternamente por sobre a Terra, e disse também que Caim não poderia ser destruído por ninguém, e para isso carregaria um símbolo, o símbolo da imortalidade, revivido mais tarde pelo faraó egípcio Ankh que usava esse símbolo num cordão. Esse símbolo, depois de Ankh, passou a ser constantemente empregado na literatura egípcia. Pois então, Caim foi o primeiro Vampiro da humanidade, mas ele não precisava beber sangue, assim como nós, isso veio depois. Caim, em sua solidão, construiu uma cidade, batizada de "A Primeira Grande Cidade" e gerou três progênies, dando parte de seu sangue para eles. Estes vampiros de Segunda geração (Caim foi a primeira) tiveram que beber sangue mortal de tempos em tempos para manter vivo o poder do sangue de Caim. Esses três vampiros geraram mais sete vampiros, os de terceira geração, que precisaram beber sangue mortal com mais constância que os de segunda. Caim ordenou a todos que se parassem as procriações, pois realmente acreditava que isso era uma maldição. E assim foi, durante um grande tempo, até que um dia veio o Dilúvio que acabou com grande parte da "Primeira Grande Cidade" e, supõe-se, acabou também com os vampiros de segunda geração, já que não se tem nenhum registro histórico deles, a partir desse dia. Caim, acreditando que esse era um castigo de Deus, abandonou completamente a sociedade mortal, deixando os vampiros de terceira entregues a própria sorte. Estes, então, começaram a gerar outros vampiros, que consequentemente geraram outros, mas com mais dificuldade, uma vez que o sangue de Caim ia se afinando conforme as gerações iam passando, até que chegou a um ponto que o sangue vampírico não substituía mais o sangue mortal, e foi preciso retirar todo o sangue da pessoa que fosse pretendente a maldição, antes de dar-lhe o sangue Bestial. Hoje encontramos vampiros de até décima quinta geração, que por terem o sangue distante demais de Caim não podem passar a maldição adiante.

Outra teoria, com uma aceitação mínima, principalmente porque quase ninguém tem conhecimento dela, devido aos seus segredos terem se perdido no tempo.

Essa teoria conta que um rei e uma rainha egípcios, Einkil e Akasha, estudavam aparições de diabretes (Diabrete é o nome dado a almas más que permanecem na terra atentando-nos. No Egito, os egípcios acreditavam que as Diabretes eram almas de homens que foram enterrados sem o ritual de purificação.) em egípcios. Com os estudos, eles chegaram a conclusão que as diabretes entravam nos corpos de mortais apenas para poder fazer coisas que não podiam em seu estado místico, como por exemplo a sensação de tocar, de andar, de fazer sexo, etc... Até que certo dia, num desses estudos, membros da oposição ao rei entraram no quarto onde estavam Einkil, Akasha e algumas pessoas com as diabretes; e esfaquearam os reis, desejando-lhes a morte. As diabretes, aproveitando-se das feridas abertas, entraram nos corpos dos reis, fundindo-se com o sangue, experimentando assim um prazer nunca antes experimentado. As diabretes passaram a viver eternamente no sangue de Einkil e Akasha, concedendo-lhes a vida eterna. Mais tarde, descobrindo isso, a oposição resolveu tentar possuir a vida eterna e aprisionaram os reis para beber-lhes o sangue. Com o tempo descobriram que precisavam retirar todo o sangue mortal de seus corpos antes, e foram Diabretizados também (a Diabrete passou para o seu sangue também). Essa hipótese foi encontrada nos pergaminhos de Tut-Ka-Mon, um sacerdote do faraó Mikerinus. O pergaminho foi encontrado e traduzido para grego por Platão e Herócredes. Daí, a versão em grego foi levada a França e traduzida para o francês por Frances Desailly Marché. Os vampiros egípcios tentaram destruir o segredo da imortalidade, e tiveram êxito. Os segredos morreriam junto com Marché, por volta de 1712, em Londres, quando o mesmo foi encontrado estripado (por causa de um ritual de purificação do sangue egípcio) e sem sangue nenhum no corpo. O crime, na época, fora atribuído a um homem conhecido por Jack, um famoso assassino conhecido pela polícia britânica.

Uma nota interessante que merece ser citada é que nas traduções Egípcio-Grego-Francês, o termo Diabretizar sofreu erros de tradução e foi traduzido como Diablerizar, ato o qual ficou conhecido como o ato de beber sangue de outro vampiro, ou seja, passar o sangue com Diabrete, traduzido como Diablerie para outro.

Existem também teorias como a da Evolução, que diz que o vampiro é uma raça mutante, evolutiva do Homo Sapiens, classificada como Homo Sapiens Supremus; ou também a teoria de que o vampiro fora criado em laboratórios, em experiências envolvendo homens cobaias e morcegos, que acabou com a fusão de suas moléculas, este foi batizado de Homo Vampiricus.

Existem lendas de vampiros desde 125ac, quando ocorreu uma das principais histórias conhecidas de vampiros. Foi uma estória grega. Lendas sobre vampiros se originaram no oriente e viajaram para o ocidente através das rotas de seda para o Mediterrâneo. De lá, elas se espalharam por terras eslavas e pelas montanhas Capath. Os eslavos têm as lendas mais ricas sobre vampiros. Elas foram originariamente mais associadas com os iranianos e depois migraram para onde estão agora, por volta do oitavo século. Quase na mesma época em que chegaram, começou o processo de cristianização, e as lendas de vampiros sobreviveram como mitos.

Mais tarde, os ciganos migraram para o oeste pelo norte da Índia (onde também existem um certo número de lendas sobre vampiros), e seus mitos se confundiram com os mitos dos eslavos que já havia lá. Os ciganos chegaram na Transilvânia pouco tempo depois de Vlad Dracula nascer em 1431. O vampiro aqui era um fantasma de uma pessoa morta, que na maioria dos casos fora uma bruxa, um mago, ou um suicida.

Vampiros eram criaturas temidas, porque matavam pessoas ao mesmo tempo em que se pareciam com elas. A única diferença era que eles não possuíam sombra, nem se refletiam em espelhos. Além disso podiam mudar sua forma para a de um morcego, o que fazia deles difíceis de se pegar. Durante a luz do dia dormiam em seus caixões, para à noite beber sangue humano, já que os raios eram letais para eles. O método mais comum era, pela meia noite, voar por uma janela na forma de um morcego e morder a vítima no pescoço de forma que seu sangue fosse totalmente sugado. Os vampiros não podiam entrar numa casa se não fossem convidados. Mas uma vez que eram poderiam retornar quando quisessem. Os vampiros eslavos não eram perigosos somente porque matavam pessoas, (muitos seres humanos também faziam isso) mas também porque suas vítimas, depois de morrerem, também se transformavam em vampiros. O lado mais forte do vampiro era que eles eram quase imortais. Apenas alguns ritos podiam matar um vampiro como: Transpassar seu coração com uma estaca, decaptá-lo ou queimar seu sangue. Esse tipo de vampiro também é o tipo mais conhecido, especialmente o Conde Drácula, de Bram Stoker.

Através dos anos, houveram outros tipos de vampiros, com seus própios pontos fortes e fracos. Aqui está algumas das "raças" de vampiros mais conhecidas:


Asanbosam: Asanbosam são vampiros africanos. São vampiros normais excepto que possuem cascos ao invés de pés. Tendem a morder as suas vítimas no polegar.

Baital: Baital é uma raça de vampiro indiana. A sua forma natural é metade homem, metade morcego, tendo mais ou menos um metro e meio de altura.

Baobhan Sith: O Baobhan Sith (buh-van she) é uma fada demónio escocêsa, que aparece como uma jovem mulher e dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote, para depois se alimentar dele. Pode ser morta por ferro frio.

Ch'Iang Shih: Na China, existem criaturas vampíricas chamadas Ch'Iang Shih. São criadas se um gato saltar sobre o corpo de um cadáver. Eles levantam-se para a vida e podem matar com um bafo venenoso além de poderem drenar o sangue. Se um Ch'Iang Shih encontrar um montede arroz, ele tem que contar os grãos antes de passar. Sua forma imaterial é uma esfera de luz.

Dearg-Due: Na Irlanda, muitos druidas falam do Dearg-Dues que têm que ser mortos sendo construído um monte de pedras sobre as suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.

Ekiminu: Ekiminus são malígnos espíritos assírios (metade fantasma, metade vampiro), causados por um sepultamento impróprio. Eles são naturalmente invisíveis e são capazes de possuir humanos. Podem ser destruídos usando armas de madeira, ou por exorcismo.

Kathakano: Os vampiros cretas Kathakano são muito parecidos com o original, mas só podem ser mortos se forem decapitados e a cabeça fervida em vinagre.

Krvopijac: Esses são vampiros búlgaros e também são conhecidos como Obours. Eles parecem-se com vampiros normais mas têm apenas uma narina e a língua longa e pontiaguda. Eles podem ser imobilizados se se colocarem rosas nas suas sepulturas. Podem ser destruídos se se dizer uma palavra mágica numa garrafa e a mesma atirada para a fogueira.

Lamia: Lamia é originária da Roma e Grécia antiga. São esclusivamente fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal (quase sempre uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo). Elas comem a carne das vítimas assim como bebem o seu sangue. As lamias podem ser atacadas e destruídas com armas normais.

Nosferatu: Nosferatu é outro nome para o vampiro original, que também é chamado de vampyre, ou vampyr.

Rakshasa: Rakshasa é uma poderosa vampira e feiticeira indiana. Geralmente aparenta um ser humano com características animais (garras, presas, olhos em fenda, etc...) ou animais com características humanas (pés, mãos, nariz chato, etc...). O lado animal é muito semelhante a um tigre. Elas comem a carne das suas vítimas além de beber o seu sangue. As Rakshasas podem ser destruídas por fogo extremo, luz do sol, ou exorcismo.

Strigoiul: Este é o vampiro romano. Strigoiuls são muito parecidos com o vampiro original, mas preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho na sua boca ou removendo-se o coração.

Succubus: Esta é uma raça menos conhecida de vampiras européias. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no acto sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão as suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Incubus.

Vlokoslak: Vampiros sérvios também chamados de Mulos. Eles normalmente aparentam-se com pessoas trajadas de branco, tão diurnos quanto noturnos, podem assumir a forma de um cavalo ou de uma ovelha. Comem as suas vítimas assim como bebem o seu sangue. Podem ser destruídos se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no pescoço.

Upierczi: Esses vampiros têm origem na Polónia e na Russia e também são chamados de Viesczy. Possuem um ferrão sob a língua ao invés de presas. Ficam activos a partir da meia noite e só podem ser destruídos por fogo extremo. Quando incendiados, o seu corpo irá explodir, dando origem a centenas de pequenos e repugnantes animais (larvas, ratos, etc...). Se algumas dessas criaturas escapar, então o espírito do Upierczi escapará também, e retornará para reclamar vingança.


A Anatomia dos Vampiros

Pele: Com as células e corpúsculos mortos, a pele adquire uma cor incrivelmente branca e fria, exactamente como a dos cadáveres, a não ser que tenham se alimentado à pouco tempo, hora em que ela adquire um tom rosado e um calor mais humano devido à passagem do sangue pelos tecidos. Sem células de defesa ficam incrivelmente vulneráveis à radiação emitida pelo sol ou às chamas de fogo. Fazendo com que se algum destes atinjam seus corpos espalham-se rapidamente, assim como faria numa folha seca, ou num corpo ligeiramente umedecido por álcool.

Olhos: Os olhos parecem clarear-se e refletir a luz quando estão "vampirizados", isso acontece porque são criaturas extremamente nocturnas, e quando "vampirizados" precisam de uma adaptação melhor para ver melhor no escuro, ou seja, seus olhos absorvem muito mais a luz, por isso parecem ser bastante claros e estranhos.

Unhas: As unhas têm uma textura parecida com o vidro, mas de extrema resistência, é muito difícil quebrá-las. Pode-se compará-las com as unhas de felinos.

Órgãos: Devido à não utilização dos órgãos eles se atrofiam. O mesmo acontece com músculos que não recebem sangue directamente. Isso faz com que os vampiros não apresentem muito porte físico, por mais fortes que sejam. O único órgão que permanece praticamente inalterado é o coração, motivo pelo qual será explicado mais tarde.

Cabelos: Os cabelos permanecem exatamente iguais a como eles eram antes do abraço (antes de tornar-se vampiro). Se cortado, o cabelo crescerá de novo até atingir o tamanho e a forma inicial (esse processo não é instantâneo. Demora horas e horas, às vezes até dias).

Dentes: Os dentes permanecem inalterados, excepto pelos caninos que podem ser projectados para fora e se tornarem "grandes" quando uma certa quantia de sangue é enviada para essa região. Isso ocorre para permitir a perfuração de veias e artérias pelas quais o vampiro se alimentará.

Alimentação: O único alimento necessário para permitir a sua sobrevivência é o sangue. É preciso sangue para qualquer simples movimento. Por exemplo, se eu desejo movimentar um dedo, preciso movimentar uma parte do sangue para o dedo. Todo sangue pode ser movimentado devido a bombeamentos do coração (que continua a trabalhar, mas só que de forma voluntária. O vampiro controla quando e como quer que seu coração bombeie o sangue. O coração só sofre verdadeiras contrações para acções que realmente exerçam grande trabalho físico e/ou mental. Para a maioria dos movimentos e acções o coração nem ao menos parece se mover). O sangue não se propaga pelo corpo através de veias e artérias, como no corpo mortal, ele propaga-se por um processo de Osmose, no qual vai se espalhando internamente, de acordo com os pulsos emitidos pelo coração.

Aparelho Respiratório: Vampiros definitivamente não respiram, a não ser que queiram, pois estão mortos. E mesmo que queiram respirar precisam de uma certa habilidade.

Aparelho Digestivo: O aparelho digestivo dos vampiros não funciona. O único alimento que não possui rejeição dos seus corpos é o sangue, todo o resto ocorre da seguinte forma: A ingestão de qualquer tipo de liquido, que não seja sangue causa um mal estar terrível ao vampiro e é expelido através do suor ou de lágrimas. Se bebido em grandes quantidades, o liquido é vomitado pelo vampiro; Sólidos comidos, em geral, causam um péssimo mal-estar no vampiro e são vomitados, juntamente com bastante sangue.

Sistema Imunológico: Vampiros são imunes a qualquer tipo de doença mortal. Nota: Correm boatos de doenças vampíricas que chegam até a induzir a vítima à morte. E também correm boatos de que algumas doenças mortais, como o ÉBola, por exemplo, podem chegar a matar, mesmo que indiretamente, porque faz com que a vítima expila todo o sangue.

Regeneração: O vampiro pode regenerar-se rapidamente de qualquer ferimento bombeando sangue para o local. Por ter o sangue muito forte e concentrado, as plaquetas agem milhões de vezes mais rápido que nos humanos. O vampiro só não pode se regenerar de queimaduras solares ou por fogo porque o sangue fica bastante aquecido quando queimado e perde temporariamente suas propriedades até que abaixe a sua temperatura.


A história dos vampiros na literatura

O primeiro conto sobre vampiros foi publicado em 1734, e é um poema anglo-saxão chamado The Vampyre of the Fens (O Vampiro do Pântano). Para o futuro existe diversas outras obras literárias sobre vampiros, como John Polidori's The Vampyre (1819), Thomas Prest 's Varney the Vampire (1847), que eram impressos numa revista semanal e teve 220 capítulos, Sheridan Le Fanu's Carmilla (1872), Bram Stoker's Dracula (1897), Victor Roman's Four Wooden Stakes (1925) e mais recentemente Anne Rice's Vampire Chronicles, algumas até famosas como o livro que deu origem ao filme Interview With The Vampire (Entrevista Com O Vampiro), com Tom Cruise e Brad Pitt nos principais papeis.

Houveram muitos filmes e peças de teatro baseados nessa literatura. especialmente Bram Stoker's Dracula (Drácula, de Bram Stoker) e Interview With The Vampire (Entrevista Com O Vampiro).

Viagens Extracorporais

Há quem diga que consegue sair do seu próprio corpo e viajar para onde quer que seja.
Os crentes dizem que é verdade, e mostram as suas provas.
Os cépticos dizem que não é possivel, e que tudo isso é uma fraude.
Mais uma vez, cada um acredita naquilo que quer, e ficamos à espera de uma prova mais concreta.



Viagem Astral, Projecção Astral, Desdobramento, Experiência Fora do Corpo,Out off the Body ou Projecção da Consciência são termos diversos para descrever um mesmo fenómeno fisiológico, sadio e natural que todos temos em maior ou menor grau de lucidez. Se você deseja projetar-se você precisa de intenção, conhecimento e coragem. Se você reúne estes três requisitos poderá com algum treino realizar esta magna tarefa, senão terá que adquiri-los um a um com esforço próprio e sem esperar milagres ou fórmula mágica.


O que se segue são algumas perguntas que são normalmente colocadas para tentar perceber o mundo da Viagem Astral:

Qualquer pessoa pode projetar-se conscientemente?

Sim. A projeção consciente é uma capacidade natural do homem (e dos mamíferos). E pode ser desenvolvida por qualquer um, através de exercícios apropriados e posturas. Entretanto, assim como nos exercícios físicos, há pessoas que parecem ter maior facilidade. Isso pode se dar, entre outros motivos, por ajuda externa de amparadores espirituais, desejo particularmente forte, actividades espirituais e posturas.
Segundo a abordagem espiritualista, na maioria dos casos esta predisposição dá-se devido às prática e sintonias desenvolvidas em outras vidas, ou aprimoradas no período intermissivo (entre vidas).

Quanto tempo podemos ficar projetados sem voltar para o corpo?

Embora haja casos particulares e excepções, e saídas em estado alpha, no geral a projeção nocturna está relacionada aos períodos de "sono profundo, sem sonhos", que dificilmente ultrapassam uma hora. Entretanto, este é o tempo da terra, o que pode ser relativo em estados alterados de consciência. A fase REM / MRO favorece os sonhos, dificultando a lucidez. O estado REM atrai também o corpo espiritual devido ao seu maior metabolismo, e maior frequência de ondas cerebrais.
Na grande maioria dos casos, os períodos de sono-sem-sonhos e movimento-rapido-de-olhos alternam-se, o que permite, em geral, de três a cinco "janelas" projectivas durante a noite. A duração máxima dependerá do ponto de "entrada". Caso se dê no início da fase sem sonos, o cordão de prata pode levar até uma hora para ser tracionado.
Há, contudo, projecçoes e estados alterados em hipnagogia e hipnopompia (cochilos), os quais ocorrem no estado alpha. Em todo caso, a própria variação de estados de ondas cerebrais durante a noite impede períodos muito prolongados de projecção.

Como melhorar a lucidez DURANTE uma projeção?

Ao notar que se está projectado conscientemente, mas as imagens estão incoerentes (oníricas), em geral obtem-se sucesso:

a) pedindo "lucidez já" (afirmações da consciência),
b) vibrando "luz" ou "om" no centro da testa (activação do chakra frontal),
c) dar passes no ambiente (dissolução de formas mentais, elevação vibracional do doador energético)
d) induzindo o "estado vibracional"
e) com a simples consciência do estado alterado

Questões respondidas por William Buhlman sobre as Experiências Fora do Corpo.

1) Podem as EFCs ser provadas?

R. As experiências fora do corpo (EFCs) podem ser provadas apenas pelos participantes. As conclusões defendidas por muitos pesquisadores são completamente arcaicas e sem significado sob a luz de uma única experiência pessoal. Muitas pessoas desesperadamente tentam ajustar esse estado particular de consciência nos seus modelos aceitos de realidade.
Por exemplo, diversos catedráticos concluíram que as EFCs são na verdade sonhos lúcidos; as suas conclusões convenientemente ajustam-se aos seus
conceitos mentais tradicionais.

2) Como é que é se sente ao se separar do corpo físico?

R. Muitas pessoas informam uma sensação vibracional de alta energia e temporária paralisia física durante a separação; isso é frequentemente acompanhado de um som contínuo ou um som alto e forte. Esses sons e sensações normalmente se dissipam após a completa separação.

3) Como é que é o ambiente fora do corpo?
R. O ambiente físico percebido depende da frequência vibratória (densidade) do participante. Muitos informam um ambiente igual ao nosso ambiente físico. Esse ambiente não corresponde necessariamente ao imediato ambiente físico.

4) Quanto tempo leva uma pessoa a ter EFCs?
R. Cada pessoa é diferente; entretanto, uma ampla percentagem de indivíduos que pratica técnicas diariamente informa ter tido experiências em menos de trinta dias.

5) Por que deveriam as pessoas investir tempo e esforço na exploração de EFCs?
R. A única maneira de se conhecer alguma coisa integralmente é a experiência pessoal; qualquer coisa a menos é teoria, especulação e crença. A exploração ou busca de EFCs oferecem-nos oportunidades únicas de experimentar e explorar além dos limites dos nossos sentidos físicos. Dá-nos a habilidade de obter conhecimento em primeira mão da nossa própria existência.

6) Como será a aparência do meu novo corpo?
R. Muitas pessoas relatam como sendo um duplicado de alta energia do corpo físico. A forma que nós experimentamos é um resultado directo das nossas expectativas e crenças. No geral, a maioria das pessoas verá-se como elas se vêem no mundo físico.

7) Terei eu capacidade de ver, ouvir e sentir como eu faço agora?
R. Nas suas primeiras explorações fora do corpo, você provavelmente experimentará o ambiente ao seu redor como semelhante ao percebido no mundo físico. As nossas capacidades de percepção estão ligadas às nossas expectativas; quanto mais abertos e receptivos estivermos para as percepções além dos sentidos físicos, mais disponíveis ficarão essas capacidades ampliadas.
Por exemplo, algumas pessoas relatam possuir uma visão de 360°, capacidade auditiva ampliada e capacidade de ler pensamentos.

8) Durante minhas EFCs, eu às vezes sinto-me fora de sintonia e tenho dificuldade de ver-me de me mover. Como posso superar essa limitação?
R. Isso é um item muito citado. Para aumentar a sua visão, lucidez e mobilidade, simplesmente diga com firmeza para você mesmo(a) (verbalmente ou mentalmente), como que exigindo de você mesmo(a) que sua completa consciência esteja presente: "Consciência total agora!", "Lucidez agora!", "Estou lúcido!".
Qualquer habilidade pessoal que você necessite melhorar nas suas experiências fora do corpo pode ser obtida através de uma firme vontade. Repita com firmeza aquilo que você deseja e lembre-se de fazer cada solicitação com firme propósito, para obter resultados imediatos.

9) Uma EFC mudará as minhas crenças religiosas?
R. De acordo com um estudo aprofundado, envolvendo 350 participantes, publicado em 1992 pelo Dr. Melvin Morse, "A Experiência Fora do Corpo não parece alterar os valores professados pelos participantes". Muitas pessoas relatam que tiveram as suas crenças religiosas confirmadas e fortalecidas pelas Experiências Fora do Corpo.

10) O que é a luz radiante tão freqüentemente mencionada durante as EFCs?
R. Essa é uma luz de alta frequência das dimensões interiores, sendo vistas por alguém que não esteja acostumada com o seu brilho. A luz é normalmente vista emanada da entrada de um túnel.

11) O que é a aura humana?
R. A aura é um campo energético emanado por todas as coisas vivas.

12) O que é o efeito de túnel relatado nas Experiências de Quase Morte?
R. É a abertura da primeira membrana energética interior. Isso ocorre automaticamente quando uma pessoa morre e se move para o interior do universo multidimensional. O túnel fecha-se imediatamente após o indivíduo passar para a outra dimensão.

13) O cordão de prata Bíblico realmente existe?
R. O conceito bíblico do cordão de prata é correcto. De acordo com as minhas observações, não é verdadeiramente um cordão, mas uma substância fina e fibrosa, semelhante em aparência a uma teia de aranha. O cordão de prata parece funcionar como uma conexão entre o corpo físico e o corpo energético de todas as formas vivas. Embora a sua função completa seja desconhecida, é lógico que esse cordão age como um conduto energético interno. Uma coisa é certa: quando o cordão é rompido, a vida biológica termina.

14) Os animais têm alma?
R. Certamente. Sem alma (energia consciente) nenhuma criatura viva pode existir. Para ser mais exacto, a alma possui e utiliza o veículo biológico, e não o contrário.

15) Qual é o propósito de existência física?
R. A existência física permite-nos aprender com a experiência, experimentação. A dimensão física é um ambiente molecular com movimentos retardados, ideal para o treino da consciência em desenvolvimento. Os desafios pessoais que encontramos na nossa vida biológica são as lições de que precisamos para o nosso
aprimoramento. Nós aprendemos vivendo, fazendo, experimentando em primeira mão.

16) Como posso determinar a dimensão ou nível de energia que estou explorando?
R. Em geral, quanto mais semelhante for o ambiente em que você está com o ambiente físico, mais perto você está da dimensão física. À medida que você eleva o seu padrão vibratório, você automaticamente se moverá para dentro de dimensões não-físicas. Os ambientes percebidos tornam-se progressivamente menos densos e progressivamente mais sensíveis às forças do pensamento, à medida que você move-se para dimensões para além da matéria.

17) As EFCs podem ser prejudiciais?
R. Não. Elas são experiências naturais, citadas em todas as culturas e sociedades do mundo. Ao longo de vinte anos de pesquisas pessoais, eu nunca ouvi alguém ser prejudicado ou magoando-se de qualquer forma.

18) Drogas podem induzir EFCs?
R. A chave para uma EFC válida e produtiva é o absoluto controle e foco mental. Sem o controle mental completo, as realidades interdimensionais experimentadas durante as EFCs não podem ser perfeitamente distinguidas das alucinações criadas ou pura imaginação. O controle é a chave para experiências produtivas e significativas, e o controle é a primeira coisa que se perde quando se usa qualquer tipo de substância que altere a mente. Eu acredito firmemente que os exploradores e experimentadores não deverão utilizar drogas. Por que contaminar o veículo biológico, se os resultados podem ser atingidos naturalmente?

19) É possível que não ache o meu caminho de volta ao corpo físico?
R. Não. Em milhares de experiências relatadas, não há evidência documentada de tal facto. Nós instantaneamente retornamos com o menor pensamento sobre o corpo físico.

20) Pode o meu corpo ou mente ser possuído quando eu saio do corpo?
R. Não. Sempre há energia interativa conectando o corpo físico e o nosso corpo energético.

21) Qual é a opinião oficial da Igreja sobre as EFCs?
R. A igreja Cristã não possui um ponto de vista oficial e unificado sobre as explorações fora do corpo. Eu tenho encontrado uma ampla variedade de opiniões sobre esse tema. Muitos teólogos consideram as experiências fora do corpo como uma bênção espiritual única - uma confirmação pessoal da sua fé e crenças religiosas.
Outros estão perplexos e não sabem onde as experiências fora do corpo podem encaixar nos seus sistemas de crenças. Uns poucos estão inclinados a sentir medo de qualquer fenómeno que eles não conheçam e automaticamente classificam as experiências fora do corpo como algo que deve ser evitado. Hoje, um número crescente de teólogos considera as explorações fora do corpo como uma profunda experiência espiritual e uma sólida verificação pessoal da imortalidade.

22) Toda vez que sinto que estou para sair fora do corpo, uma onda de intenso pavor toma conta de mim. Como posso superar isso?
R. Essa onda de pavor é comum, uma resposta instintiva a uma nova experiência. Uma das melhores maneiras de superar isso é começar imediatamente repetir para si mesmo(a) afirmações de segurança como "Estou salvo e seguro", "Estou protegido", "Estou calmo e seguro". Qualquer afirmação positiva que auxilia o relaxamento e o sentimento de segurança será eficiente. À medida que você repete a sua afirmação, comece a direccionar a sua atenção para além do corpo físico. Isso pode ser facilmente atingido ao pensar em qualquer área da sua casa ou dizendo para você mesmo(a) "Eu flutuo para além do meu corpo". Após duas ou mais experiências bem sucedidas, o seu medo irá diminuir e futuramente desaparecer.

23) A exploração fora do corpo é segura para qualquer pessoa?
R. Sim, com uma exceção. Qualquer pessoa que tenha tido problemas psicológicos agudos deverão evitar esse tipo de exploração. Em geral, as pessoas que têm dificuldade de lidar com as suas realidades físicas podem somente complicar sua situação ao introduzir outras realidades nas suas vidas.

24) Qual é o mais importante passo para se obter uma EFC completa e com total controle mental?
R: A chave é repetir a técnica de lucidez toda vez que a sua consciência estiver fora de sintonia. "Lucidez agora!", "Consciência agora!".


OS BENEFÍCIOS DA EXPLORAÇÃO FORA DO CORPO
Por William Buhlman

Os benefícios da exploração fora do corpo estendem-se para além dos limites de nossos sentidos físicos e de nosso intelecto. Após uma experiência fora
do corpo, muitas pessoas afirmam que ocorreu um despertar interior acerca da identidade espiritual, uma transformação do conceito de si mesmas. Elas vêem
a si mesmas como algo mais do que matéria - mais conscientes e vivas.

Elas exprimem um profundo conhecimento interior baseado na sua particular experiência espiritual. Muitas dizem estar conectadas com algo maior que elas mesmas, conectadas com a própria fonte da vida. Elas relatam o efeito de um sentimento poderoso que rompe a densa barreira da ignorância, do medo e da limitação. Durante as minhas palestras, eu frequentemente ouço relatos de um crescimento do conhecimento pessoal e uma conexão interna com o espírito.
Muitas relatam uma dramática expansão das suas capacidades de percepção que se estendem para muito além dos limites do corpo físico - um envolvente sentido de entendimento baseado em experiência pessoal directa.

Talvez, o mais importante benefício que alguém pode receber com as Experiências Fora do Corpo é o reconhecimento da nossa capacidade pessoal de descobrir as respostas por nós mesmos.

Quando me perguntam: "Por que exploração fora do corpo?". A minha resposta é simples: eu preciso saber as respostas por mim mesmo. Eu encontro pouco
consolo em crenças, especialmente quando elas são as mais abundantes mercadorias dos dias de hoje. Cada sociedade, cada cultura está transbordando com a sua versão da verdade - uma colecção humana de convicções sem comprovações. Essas crenças alteram-se com o passar do tempo, evoluindo e decaindo, enquanto que a verdade da nossa existência permanece a mesma, oculta, sob uma crescente montanha de doutrinas, dogmas, hipóteses e conclusões.

Eu acredito que o propósito desta vida é a experiência. Nós precisamos experimentar e explorar por nós mesmos. Nós precisamos descobrir e conhecer
ou ser escravos das opiniões dos outros. É chegado o tempo para que reconheçamos o nosso verdadeiro potencial e explorar além das crenças e convicções. É chegado o momento de descobrir a verdade por nós mesmos.

Nós dispomos dessa oportunidade hoje. Experiências fora do corpo de forma controlada abrem as portas para uma nova e incrível fronteira do potencial
humano e de descobrimento. Possibilita-nos viajar para além dos estreitos limites dos nossos sentidos físicos e descobrir as respostas para os mais velhos mistérios de nossa existência.

De acordo com pesquisas e estudos conduzidos por médicos altamente respeitados como os Doutores Raymond Moody Jr., Melvin Morse, Ken Ring, Bruce Greyson e o Doutor Stewart Twemlow, as qualidades transformativas das experiências fora do corpo são ilimitadas. A cada ano, novos estudos apontam benefícios físicos e psicológicos adicionais, derivados das experiências fora do corpo. Quando eu menciono esse fato, eu chego à conclusão que o número de benefícios é extraordinário.

À medida que o número de experiências fora do corpo continua a crescer, é avassaladora a evidência dos benefícios de transformação existencial regularmente obtidos durante as aventuras fora do corpo.

Os itens enumerados abaixo são apresentados como um panorama dos múltiplos benefícios relatados em todo o mundo, pelos últimos trinta anos.

Os Benefícios

1. Desenvolvimento de uma maior consciência da realidade - De acordo com um estudo detalhado, conduzido pelos Drs. Stuart Twemlow, M.D., Glen Cabbard, M.D., e Fowler Jones, Ed.D., 86% de seus 339 entrevistados que tiveram experiências fora do corpo informaram terem adquirido uma maior consciência
da realidade. No mesmo estudo, 78% das pessoas informaram ter recebido benefícios duradouros.

2. Verificação pessoal da imortalidade - Esse é um poderoso elemento de transformação existencial vivenciado por milhões de indivíduos a cada ano.
Sem dúvidas, as experiências fora do corpo fornecem uma evidência verificável e em primeira mão da nossa capacidade de existir fora e independentemente de nosso corpo físico.

3. Acelerado desenvolvimento pessoal - O reconhecimento e a experiência de que nós somos mais do que nossos corpos abre níveis completamente novos de desenvolvimento pessoal. Eu acredito firmemente que experiências controladas fora do corpo e iniciadas pelo próprio indivíduo são o que há de mais revolucionário no que tange ao desenvolvimento pessoal. Uma vez que nós possamos acessar e controlar conscientemente o nosso eu extrafísico, podemos
abrir as portas para um conhecimento ilimitado sobre nossa mente subconsciente e dominar nossa habilidade de explorar o universo. Tudo que se refere ao potencial humano é extraordinariamente expandido para além de todos os conceitos e compreensão.

4. Uma diminuição do medo da morte - Quando nós temos a experiência de estarmos conscientes fora e independente de nosso corpo, o nosso medo da morte reduz-se consideravelmente. O medo da morte é o medo do desconhecido. Uma vez separado do seu corpo, você sabe que você continua. Eu tenho descoberto que, quanto mais experiências fora do corpo nós tivermos, menor será o nosso medo e ansiedade quando a morte estiver perto.

5. Aumento das faculdades psíquicas - Premonição, telepatia, profecias, a faculdade de ver as auras e as muitas outras faculdades psíquicas são frequentemente relatadas como faculdades que foram ampliadas com as experiências fora do corpo. A razão disto ainda é desconhecida, mas muitos acreditam que é simplesmente um resultado natural de nós mesmos, tornando-nos mais afinados com nossos sistemas internos de energia.

6. Um intensificado desejo por respostas - Uma vez que se reconheça que as respostas são possíveis, muitas pessoas iniciam uma busca espiritual, a fim de solucionar os mistérios que elas traziam desde a infância.

7. Percepções sobre a morte - A experiência fora do corpo fornece a evidência de que o processo de morrer não seja uma experiência dolorosa ou assustadora, mas, ao contrário, uma maravilhosa aventura espiritual.

8. Acelerada Evolução Humana - A verdadeira evolução da nossa espécie não é uma mudança biológica, mas sim a evolução da nossa consciência. À medida que o nosso mundo se torna cada vez mais complexo, existe uma necessidade interior de descobrir a razão oculta por detrás das mudanças físicas que percebemos ao nosso redor. Essa necessidade de conhecer as respostas para as muitas perguntas sobre os mistérios que nos rodeiam levará a nossa espécie ao próximo nível de evolução.
Quando olhamos para o passado da evolução humana, nós observamos uma clara mudança das sociedades baseadas em actividades físicas, com as sociedades agrícolas, para uma nova sociedade baseada nas qualidades do pensamento, como as sociedades tecnológicas. Futuramente, a nossa espécie estará pronta para o próximo grande passo: o reconhecimento e verificação do nosso ser espiritual e a exploração das dimensões extrafísicas.

9. Cura Espontânea - Existe um grande número de relatos de indivíduos que afirmam terem-se curado a si próprios e curado outros, quando estavam fora do corpo. Frequentemente, essa cura é iniciada através de um pensamento focalizado directamente naquela área específica do corpo.

10. Uma Expansão do Auto-Conhecimento - Em vez de vermos a nós mesmos como seres físicos possuindo uma alma, muitos reconhecem a si mesmos com almas (consciências) que temporariamente estão utilizando um corpo biológico.

11. Expansão da Espiritualidade - Muitas pessoas relatam profundas visões da sua natureza espiritual, com fortes conexões com sua essência espiritual. De acordo com uma pesquisa fenomenológica, conduzida pelo Dr. Stuart Twemlow, 55% dos participantes referiram-se às suas experiências fora do corpo como uma experiência espiritual. Além disso, muitos informam uma profunda conexão com a sua essência e uma profunda compreensão da sua natureza espiritual. Uma compreensão definitiva de estar conectada a algo maior que elas mesmas. Se chamamos isso de espírito ou de mente universal ou Deus ou outra forma, o fato é que existem relatos consistentes de uma poderosa conexão interior.

12. Reconhecimento e Experimentação das Influências de Vidas Passadas - O notável trabalho do Dr. Weiss e outros respeitáveis médicos e terapeutas que utilizam a hipnose tem fornecido evidências convincentes de que as vidas passadas são um elemento importante das nossas condições psicológicas e temperamentos actuais. Essas memórias subconscientes podem ser exploradas através das experiências fora do corpo.

13. Acelerada Transformação Espiritual - Experiências fora do corpo auxiliam-nos a libertarmo-nos de atavismos e velhos hábitos mentais. Em muitas ocasiões, as pessoas falam-me que o choque de se verem a si mesmas independente dos seus corpos físicos lhes deu uma perspectiva mais iluminada sobre a sua actual existência física. Essa visão ampliada de si mesmas tem sido um instrumento para o despertar de novos níveis de crescimento pessoal e de compreensão.

14. Obtenção de Respostas Pessoais - Todos nós temos perguntas sobre nossa existência: o que somos nós? Qual é a nossa finalidade aqui? Nós continuamos? O que se ganha com a vida? Essas perguntas e muitas outras podem somente ser respondidas através de experiências pessoais. A experiência fora do corpo fornece um método poderoso para que todos nós possamos obter as respostas que buscamos. Por que nos fixar em crenças quando as respostas estão disponíveis?

15. Encontro com ser de luz, um anjo ou algum tipo de residente extrafísico - Muitas pessoas relatam um encontro pessoal frente a frente com alguma forma de habitante extrafísico. O Dr. Stuart Twemlow relata que 37% de seus grupos de estudos estavam cientes da presença de um ser extrafísico, enquanto que 30% informaram a presença de guias ou auxiliares.

16. Um ampliado respeito pela vida - Uma notável aversão à violência e à morte aparece. Por exemplo, a idéia de caçar ou matar um animal torna-se repugnante. Eu acredito que isso é devido ao conhecimento pessoal que é obtido, referente à nossa interconexão espiritual.

17. Um ampliado sentido de autorespeito, responsabilidade e dependência oculta - Muitos reconhecem, frequentemente pela primeira vez, que eles são o centro criativo das suas existências físicas. Eles frequentemente experimentam o vasto potencial e poder do seu ser interior e extrafísico e tocam a sua essência criativa. Muitas pessoas informam que, mais do que nunca, eles são completamente responsáveis pelos seus actos, tanto em pensamentos como em acções.

18. Uma redução na hostilidade, violência e criminalidade - As pessoas que experimentaram a noção de ser mais do que corpos físicos frequentemente percebem a autodestruição provocada pelo acto de roubar ou prejudicar os outros. Isso é devido à compreensão do facto de continuarem a existir além do corpo físico. Uma vez que elas agora compreendem que continuam a existir além da morte, elas então percebem que suas responsabilidades pessoais também continuam.

19. Aumento de conhecimento e sabedoria - Somente a experiência gera sabedoria e as experiências fora do corpo possuem a capacidade singular de fornecer um conhecimento e sabedoria muito além dos limites das nossas percepções físicas.

20. Um profundo sentido de conhecimento contrapondo-se à crença - O conhecimento pessoal é poderoso e transformador, especialmente quando comparado às crenças. As experiências fora do corpo fornecem um conhecimento verificável objetivo, em primeira mão da nossa imortalidade e da nossa identidade espiritual. Isso não pode ser adequadamente explicado - deve ser experimentado.

21. Uma calma interior - Um sentimento de paz que advém do conhecimento, em vez da esperança de sermos verdadeiramente imortais.

22. Um ampliado gosto pela vida - Existe um entusiasmo inerente às explorações fora do corpo que dificilmente pode ser traduzidas em palavras - um gozo, um regozijo que atinge as profundezas de nosso ser. A percepção de que somos muito maiores que nossa acual personalidade ou ego. Quando nos separamos dos nossos corpos físicos e activamente exploramos os nossos arredores, nós sabemos profundamente que somos os verdadeiros exploradores. A própria vida torna-se uma aventura, uma excitante jornada do descobrimento. O entusiasmo interno que sentimos é inconfundível, um sentimento interior de que estamos trilhando um caminho além do nosso tempo.

23. Ampliação da inteligência, rememoração e melhoramento da criatividade - Muitas pessoas relatam que as suas experiências fora do corpo, de alguma forma, ampliaram suas percepções da realidade e inteligência. Algumas acreditam que experiências fora do corpo possam ter estimulado áreas dos seus cérebros que não eram utilizadas durante a vida física normal. De um ponto de vista biológico, isso poderia ser fruto de uma estimulação do lóbulo temporal direito ou a glândula pineal. A explicação médica para isso ainda é desconhecida, mas, de acordo com extensas pesquisas conduzidas pelo Dr. Penfield, um neurocirurgião canadiano, quando o lóbulo temporal direito é estimulado por suaves correntes eléctricas, os pacientes informaram regularmente terem tido experiências fora do corpo. Além disso, há uma evidência substancial de que o lóbulo temporal direito é misteriosamente activado durante a morte ou durante as experiências de quase morte.
Há uma pesquisa que sustenta a existência de conexões entre o cérebro biológico e o nosso sistema energético extrafísico. Se assim for, então, talvez haja interacções tanto elétricas quanto químicas que ainda desconhecemos. Todo esse estudo requer pesquisas adicionais.

24. Uma sensação de aventura - Cada dia e cada noite é uma oportunidade para experimentar uma nova aventura. O autor, Tom Robbins, talvez tenha dito da melhor forma: "a maior aventura humana é a evolução da consciência. Nós estamos nessa vida para engrandecer a alma e iluminar o cérebro".


Os benefícios das experiências fora do corpo são uma realidade que podem ser experimentadas por todos. Tudo o que precisamos é uma mente aberta e uma orientação adequada, para acessar nosso ilimitado potencial. A capacidade de explorar áreas invisíveis do universo está agora disponível, mas cabe a nós a decisão de darmos o passo adiante, transformando-nos de meros observadores curiosos em activos exploradores.
Eu acredito que esse passo é crucial para a nossa vida e para a nossa evolução. A decisão de explorar além dos limites do nosso corpo pode-nos fornecer um método eficiente, para obter as respostas e discernimentos que procuramos.

Essa viagem da consciência, do plano físico para o plano espiritual, é uma realidade da qual não podemos escapar - nossa única e real decisão é a
decisão de iniciá-la.


TÉCNICA PROJETIVA


Esta prática de visualização criativa e auto-energização foi sugerida por um dos amparadores da equipe espiritual de Ramatís. O seu objetivo é o relaxamento psicofísico e o soltar das energias do corpo espiritual nos processos projetivos.


Os procedimentos são bem simples:

1. Sentado confortavelmente, erga os pensamentos ao Grande Arquitecto do Universo e abra o coração na sintonia do Amor Que Ama Sem Nome.

2. Visualize uma jóia ovalada na cor verde-esmeralda incrustada no centro da testa (chacra frontal). Concentre-se no centro da jóia e mergulhe a sua mente no seu brilho esverdeado. Pense que o verde é cura, equilíbrio, saúde e simpatia. Fique assim por cerca de uns três minutos.

3. A seguir, visualize uma coluna de luz amarela interpenetrando o topo da cabeça (chacra coronário) e enchendo o seu corpo com a energia clarinha.
Essa energia se espalha e exterioriza-se pelos poros da pele formando uma camada áurica que acompanha os contornos do corpo para fora em cerca de 4 cm. Pense que essas energias formam um duplo energético amarelo-claro brilhante em torno do seu corpo. O amarelo é uma cor associada com a vitalidade e a inteligência.

4. Preste atenção ao mesmo tempo na energia amarela em torno do corpo e na jóia verde incrustada na testa. Pense no contraponto criativo do verde (cura e equilíbrio) com o amarelo (vitalidade e inteligência). Fique assim por três minutos.

5. Na sequência, deite-se (se possível em decúbito dorsal por algum tempo, depois fique na posição que lhe seja mais confortável) e pense nos amparadores extrafísicos que possam guiá-lo em actividades extracorpóreas sadias e direcionadas ao Bem de todos os seres.

6. Se possível, caia no sono com as palavras "PAZ E LUZ" concentradas dentro da sua testa e o amor permeando o seu coração.

7. Lembre-se: você é um espírito! A sua natureza é estelar e você não nasce e nem morre, apenas entra e sai dos corpos perecíveis.

8. Você não é um ser humano vivendo uma experiência espiritual. É justamente o contrário: você é um espírito vivendo uma experiência humana.

9. Sair do corpo é uma capacidade parapsíquica de todo ser humano. É um potencial natural e pode ser desenvolvido para que a pessoa aproveite as suas horas de sono para crescer e aprender em outros planos de vida.

10.O pré-requisito básico para fazer uma projeção todo ser humano já possui. É que só sai o que já está dentro, naturalmente. Aliás, é por isso que na hora da morte o espírito sai do corpo definitivamente. O corpo, com o metabolismo parado, não oferece resistência à saída do psicossoma. No sono, o metabolismo está apenas mais relaxado e as ondas cerebrais mais tranquilas (em ondas theta ou delta). Por isso, o desprendimento espiritual ocorre como decorrência disso. É algo natural: o subtil desprende-se do denso apenas porque estava dentro dele. Isso não é bom ou mau, é apenas algo normal.

Dentro ou fora do corpo, seja feliz!


Combustão Espontânea

Poderá um corpo ficar em chamas e converter-se em cinzas em apenas alguns minutos? Os forenses acreditam que não, porém as suas razões nem sempre são convincentes


Num dia gélido no início de Janeiro de 1980, John Heyme, um agente do Departamento de Investigação Criminal (DIC), foi chamado para investigar uma "morte por combustão" em Gwent (Grã-Bretanha). Quando entrou na sala da casa, ficou surpreso ao comprovar que a habitação irradiava um calor considerável e que a atmosfera era muito húmida. A luminosidade de cor vermelho-alaranjada possuía uma aparência estranha e sobrenatural.

No tapete havia um monte de cinzas brancas e num extremo jazia um par de pés humanos com meias. Na outra extermidade encontrava-se uma caveira negra. Tratava-se dos restos de Henry Thomas, de 73 anos de idade.

Nada mais havia queimado além da cadeira em que Thomas estava sentado. A luz da lâmpada misturava-se com a do dia produzindo uma claridade alaranjada, filtrada por um pegajosa névoa provocada pela carne queimada, que cobria tudo o que havia na habitação.

O tapete e a coberta que estavam debaixo do corpo encontravam-se só um pouco chamuscados. Como poderia um corpo, que contém aproximadamente 45 litros de água, ter sido reduzido a cinzas enquanto que materiais altamente inflamáveis, como o tapete e a coberta, permanecerem relativamente intactos?

Um forense que esteve na cena afirmou que a cadeira só queimou enquanto esteve em contacto com o corpo. Quando o assento quebrou e o corpo flamejante caiu no chão, a cadeira deixou de queimar. O mobiliário que estava em volta não queimou devido ao facto do oxigénio da habitação ter se esgotado na combustão inicial. Além do mais, a porta do quarto estava vedada com um pedaço de pano impedindo que entrasse oxigénio suficiente para manter outra combustão. Então, como o corpo pôde continuar queimando até se transformar em cinzas?

O forense expôs a teoria de que Thomas, um não fumante, tinha caído de cabeça na lareira, incendiando-se. Em seguida afastou-se do fogo sem desarrumar as brasas, os ferros da lareira ou a pilha de lenha que estava ao lado da lareira. Voltou a sentar-se na cadeira, estendeu as pernas e queimou até morrer.

A Versão Oficial

O juiz de instrução aceitou esta teoria e julgou que a causa da morte havia sido um incêndio. Heymer ficou surpreso com o veredicto. A sua experiência em medicina legal o fez duvidar do relatório do patologista. Na sua opinião, tratava-se de combustão humana espontânea (CHE). Quando informou o facto aos seus superiores, estes descartaram imediatamente a sua opinião.

Porém, se Thomas caiu na lareira, porque voltou a se sentar na cadeira ao invés de ir à cozinha para tentar apagar as chamas? E se caiu na lareira, onde começou então o fogo? E por que nenhum objecto queimou quando Henry Thomas foi reduzido a cinzas? A CHE pode responder todas estas indagações, porém existem evidências deste surpreendente fenêmeno.

Um dos argumentos em favor da existência da CHE é que nem um forno crematório pode reduzir completamente os cadáveres a cinzas. Os ossos que sobram depois de cremação, têm que ser moídos numa máquina especial, e as cinzas são de cor cinza, e não brancas. As cinzas de Henry Thomas eram absolutamente brancas, o que indica que a temperatura superara os 900 °C de um forno crematório.

Os restos de Thomas são típicos de uma CHE. Em 1986, quando um saudável homem de 58 anos - que ironicamente era um bombeiro reformado - queimou até morrer em sua casa em Nova Iorque, tudo o que sobrou dele foram alguns ossos e 2 quilos de cinzas. Como na maioria destes casos, nada da casa foi afectado e nem sequer uma caixa de fósforos que estava próxima do local foi queimada.

Para reduzir o corpo a cinzas, o fogo deve alcançar uma temperatura da ordem dos 2500°C. Os incêndios domésticos que podem destruir um edifício inteiro, apenas chegam a aproximadamente 200ºC.


O "Efeito Pavio"

Acredita-se que a CHE pode ser explicada com a teoria do efeito pavio. Esta teoria sustenta que as roupas num corpo humano actuariam como um pavio externo e a gordura do corpo, como a cera de uma vela. Caso o corpo esteja em contacto contínuo com uma chama e haja uma boa quantidade de oxigénio, nem sequer é necessário que a vitima seja obesa.

Colocando em prática o "Efeito Pavio":

1)-Foi simulada uma "vela humana", envolvendo-se um osso de porco com carne e gordura frescas. A gordura de porco deveria ampliar o efeito.
2)-O osso foi envolvido com tecido, e lançou-se nele um cigarro acesso. O tecido só ficou chamuscado sendo necessário acender uma chama para que pudesse queimar.
3)-Uma vez queimado até transformar-se em cinzas, as chamas apagaram-se sem que a gordura se tivesse incendiado. É assim que um corpo humano queima em circunstâncias normais.

4)-Para assegurar que continuasse a queimar-se, foi necessário aplicar uma chama para eliminar a água e permitir que a combustão reiniciasse.

5)-Para conseguir esta carbonização foram gastos 50 minutos a mais. A combustão tinha terminado e o osso enegrecido sobressaía pelas extremidades.

6)-A gordura foi eliminada com uma escova metálica. Debaixo desta camada, o osso não apareceu queimado. Na CHE não tinha ficado osso nenhum.

Tranformado em Chamas


Quando um corpo queima em circunstâncias normais,
as pernas são as primeiras a converter-se em cinzas.



Em 1965, o professor Gee, do hospital da Universidade de Leeds (Inglaterra), pesquisou um caso documentado do chamado efeito pavio. Tratava-se de uma mulher de 85 anos que, possivelmente sofrera um ataque cardíaco e caíra na lareira. Passaram-se algumas horas até que ela fosse encontrada, Segundo o professor Gee, ainda que tenha sofrido o efeito pavio, os seus restos carbonizados mostravam sinais de CHE.

"Os cépticos erram ao insistir que todos os casos de CHE são provocados pelo efeito pavio - afirma John Heymer. "Averiguei que existem importantes diferenças. Na maioria dos casos de efeito pavio, as vítimas morrem antes de entrarem em contacto com o fogo. As vestimentas são inflamáveis e queimam até converterem-se em cinzas, inclusive sobre partes do corpo que não tenham queimado. Além disso, o processo de cremação requer de 24 a 48 horas para alcançar alguns resultados semelhantes ao caso de Henry Thomas".

John Heymer é um dos melhores pesquisadores da CHE. Outra importante figura é Larry Arnold, director da ParaScience International, um grupo de pesquisa paranormal dos EUA. Ambos colectaram provas que descartam o efeito pavio como explicação da CHE. Afirmam que em certos casos, o fogo origina-se no interior dos corpos e que as temperaturas são suficientementes altas para reduzir os ossos a cinzas.


Uma Teoria Explosiva

John Heymer garante que a CHE é o resultado da reação do hidrogénio e do oxigénio dentro do corpo, a nível celular. A potência de uma mistura adequada destes elementos é a mesma utilizada pelos foguetes espaciais. Afirma que não existe dúvida de que a reacção hidrogénio-oxigénio pode produzir uma quantidade de calor suficiente para reduzir a cinzas ossos humanos.

Segundo a revista New Scientist, do dia 4 de maio de 1996, John Heymer "encontrou a melhor explicação possível para o fenómeno". Existem muitas outras teorias sobre a CHE- com as quais os raios de roda, as forças magnéticas e inclusive os gases" fosfóricos" produzidos pela combustão de gás metano nos intestinos.

Contudo, existem pessoas que presenciaram incêndios que segundo elas desafiaram qualquer explicação. Uma destas testemunhas é o bombeiro Jack Stacey, que apagou um incêndio de um imóvel abandonado em Londres. A casa não possuía sinais de fogo, mas quando Stacey examinou o corpo de um indigente conhecido como Bailey, - "Possuia um corte de aproximadamente 10 centímentros no abdómen - recorda Stacey. As chamas saíam violentamente pela ferida, como se fosse um maçarico". Para apagar esta violenta chama, Stacey dirigiu um jacto de água no corpo do indigente, "extinguindo-se a chama na sua origem. Não há dúvida de que o fogo iniciou-se no interior do corpo."

Não se soube a causa real do incêndio. No edifício não havia gás nem eletricidade e não foram encontrados fósforos. Mesmo que Bailey tivesse deixado cair um cigarro acesso sobre si, isto não teria sido suficiente para produzir uma chama tão destruidora.

Em 1982, em Londres, Jeannie Saffin, uma mulher doente mental, ardeu em chamas enquanto estava sentada em uma cadeira de madeira na cozinha de sua casa. O seu pai, que estava sentado próximo dela, viu um brilho luminoso e ao virar para Jeannie, viu que ela estava em chamas.

Jeannie não gritava nem se movia. O seu pai empurrou-a até à pia e chamou omseu genro, que correu até a cozinha para ver o que acontecia. Puderam apagar as chamas, mas Jeannie morreu mais tarde no hospital.

O agente que fazia as averiguações não encontrou nenhuma causa aparente do que havia ocorrido, e assim foi registrado nos relatórios. Disse que os parentes de Jeannie - o seu cunhado declarou na investigação - acreditava que ela tinha sido vítima da CHE.


A Negação dos Factos

O veredicto foi de morte acidental. O juiz de instrução disse para a família: "Sinto muito, mas não posso indicar como causa da morte a CHE, porque isso não existe. Terei que fazer constar morte acidental ou veredicto aberto".

Quando posteriormente foi questionado sobre o assunto, o juiz disse que "morte acidental" era o mesmo que "morte por causas desconhecidas" e que não tinha a intenção de discutir mais sobre o assunto. Contudo, como se pode julgar acidental, uma morte cuja causa é desconhecida?

Será que as autoridades suspeitavam que a morte estivesse relacionada com a CHE? Isto poderia explicar por que não foram feitas investigações mais aprofundadas. Ao comentar sobre a falta de investigações forense, a irmã de Jeannie disse: "Tudo o que descobriram, nós mesmos poderíamos ter averiguado".

O Encobrimento da CHE

É estranho que as autoridades não tivessem aceitado o depoimento de 2 homens que diziam ter visto Jeannie entrar em chamas e morrer por causa das queimaduras.

"Se a CHE não aconteceu e não se pôde encontrar nenhuma fonte de combustão - comenta Heymer -, estranho muito o facto de não terem interrogado as testemnuhas mais a fundo, para garantirem-se de que eles não a tivessem queimado. Parece ser uma maneira muito simples de cometer um assassinato: queimar uma pessoa até a morte e depois jurar que esta ardeu espontaneamente. Também estranhei que as autoridades insistissem, sem nenhuma prova, em que o incêndio foi acidental".

Apesar disto, o caso de Jennie Saffin, assim como todos os casos de CHE registrados, permanecem encerrados.