quarta-feira, 20 de maio de 2009

Saltos na Criação – Anomalias

Uma mortalha sagrada ostentando uma imagem negativa indelével, um crânio de cristal requintadamente polido, uma suposta bateria antiga, a réplica de um computador com 2000 anos – todos suscitam perguntas ansiosas sobre o mais elementar dos mistérios: o poder da mente humana.

A notável faixa de linho com cerca de 4 m de comprimento parcialmente reproduzida em baixo, ostentando a imagem de uma figura com barbas semelhante a Cristo, pode constituir uma extraordinária realização humana, dever-se a um fenómeno desconhecido ou ser uma mistificação. Conhecida como o Sudário de Turim, causou pela primeira vez perplexidade entre os modernos investigadores em 1898, ano em que foi fotografada e se verificou que a sua estranha imagem era um negativo, o que implicava uma técnica que os antigos falsificadores não podiam dominar. Os modernos defensores das origens bíblicas do sudário sustentam que a relíquia viajou através da Ásia Menor e daí para Constantinopla, a caminho da Europa, onde apareceu pela primeira vez no século XIV. Das investigações levadas a cabo neste século resultaram provas intrigantes em apoio desta tese. A análise bioquímica identificou no sudário vestígios de pólen não só da Palestina como da Ásia Menor. O aumento computorizado da imagem revelou que esta não foi nem pintada nem formada pela aplicação de ervas. Estudos posteriores poderão vir a determinar se o sudário data ou não do início da era cristã e a fornecer mais dados para a resolução do mistério.

Em muitos sentidos, o crânio de cristal reproduzido é ainda mais difícil de explicar ou aceitar. Pouco depois de ser descoberto em 1927 em Lubaantun, Honduras Britânicas, tornou-se conhecido como o Crânio do Destino, e sucessivos relatos relacionaram-no com várias mortes inexplicáveis.

Para os observadores científicos, o mistério essencial do crânio é de carácter logístico: como apareceu ele no templo maia de 1000 anos de idade onde foi encontrado? Esculpida numa peça única de raro cristal de quartzo, a cabeça (que apresenta l5 cm de altura e um peso superior a 5 kg) parece uma realização impossível para os Maias desaparecidos. Prismas ocultos na base e lentes polidas à mão inseridas nos olhos combinam-se para produzir uma luminescência ofuscante.

No entanto, os investigadores não descobriram quaisquer provas de que o crânio tivesse sido executado com utensílios modernos. De facto, a estrutura cristalina do crânio não foi respeitada aquando da criação do mesmo, o que elimina a hipótese de intervenção de qualquer lapidário moderno. Será o crânio uma fraude ou uma prova de que a tecnologia maia estava consideravelmente mais avançada do que geralmente se supõe? Como muitas anomalias, o crânio suscita mais perguntas do que respostas.

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